quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pense em algo que você acha que eu não faria por você...

...Isso aí vai ficar pra mim como uma das cenas marcantes de 2010. Mas antes, voltando a 2009, um momento que oscilou entre o bizarro e o grotesco na empresa, uma mistura de Alcóolatras Anônimos com Igreja Universal, cada um tinha que ir lá dar um (urgh!) testemunho do ano que passou e tava indo uma galera dizer que yes, o ano foi mágico, lindo, digno de um orgasmo múltiplo, pulsante, colorido e saltitante e eu fui deixando a coisa passar, na esperança que me esquececem. Porque 2009 pra mim, tinha sido uma MERDA!

Em vários sentidos, mas principalmente ALI, naquele contexto. Depois de tanto tempo feliz e pleno com o que eu fazia profissionalmente, 2009 tinha sido uma bosta! As únicas coisas que me agradaram fazer, eram coisas tão fora do meu foco e tão distante das minhas main tasks, job description e whatever works, que praticamente me desviaram pra fora do emprego, propriamente dito. Foi horrível perder meu pai, algo que eu até hoje não assimilei. Nunca nos demos muito bem, mas a falta que ele me faz é comparável àquela história do Chico Buarque, da dor no membro que foi amputado. E foi terrível também constatar a falta que eu estava fazendo para o meu filho, nuns 3 meses sem final de semana, com trabalho que me impossibilitava de chegar em casa antes das 21h00 e sem muito sentido...

Você se vê envelhecendo e perdendo alguns momentos, e o mais insano é que a parte boa do meu trabalho não me rendia um centavo a mais, pelo contrário, em algumas ocasiões cheguei a colocar grana do meu bolso pra viajar e estar onde eu queria, junto com aquelas pessoas. Hoje, apesar de ter sido muito legal e ter feito parte daquilo, me sinto meio envergonhado de ter desviado esse tempo e essa grana que pertencia à minha família. Não sei se é arrependimento, é só o fruto de uma análise mais distanciada dos fatos, do calor dos acontecimentos. E com tudo isso passando pela minha cabeça, ainda queriam que eu fosse ali na frente de todo mundo dizer que 2009 rules, oh yeah!!!! Não rolou, claro. Mas procurei me lembrar da atuação do Preto e da Rac no dia em que precisei sair às pressas pra tomar um avião, sem lenço nem documento nem grana, e eles simplesmente me colocaram no táxi e ajeitaram tudo! Sim, vai ter um dia na sua vida em que você vai precisar de amigos desse tipo, que te colocam num táxi e resolvem tudo por você, que está sem condições de resolver absolutamente nada!

Mas daquela "dinâmica grotesca" eu tenho uma ótima lembrança, do Sandrinho dizendo que tava saindo fora! Foi legal tudo o que ele falou e pra mim, especialmente, que acompanhei toda a trajetória dele na empresa, me fazendo acreditar em critérios de mobilidade social, oportunidades bem aproveitadas e etc... veio 2010 e, na burocracia da saída do Sandrinho rolou um stress e eu me envolvi. Mais do que deveria, percebi depois. Queria tentar consertar uma situação que habitava o pantanoso limbo entre a sacanagem e a injustiça, tentei deliberar com quem poderia fazer alguma coisa e com quem prefere sempre o silêncio (Ééééééeé...), mas não rolou. Um dia, fui tentar falar com o Sandrinho, ele me pegou pelo ombro e falou:

"Vem cá, Tio Randas, quero te mostrar um negócio..."

Era um totem com os valores da empresa, se não me engano o do comprometimento, com a mensagem "Pense em algo que você acha que eu não faria por você... provavelmente você errou". Ele me mostrou aquilo e disse que era o que ele sentia em relação a mim. Que ele esperava um monte de coisa de um monte de gente, mas de mim, não. Não esperava que eu fosse tão longe e de forma tão temerária. E com aquilo, meio que sugeriu que eu relaxasse, que deixasse as coisas como estavam, que não tinha mais jeito. Ele foi embora. Logo depois, foi a minha vez. Fui pensar em algumas coisas que eu queria fazer da minha vida, onde eu poderia colocar a minha energia, precisava de novos horizontes. Precisava ter a mesma sensação de pertencimento que sempre me acompanhou nos 10 anos em que estive ali e que já não rolava mais. Eu começava a pensar muito mais nas pessoas que na empresa e um advogado assim não serve pra nada. Ao menos na posição que eu ocupava. Ia sentir muita falta de tudo aquilo, de algumas pessoas, seria uma separação das mais dolorosas, mas era preciso seguir adiante.

2010 não teve a conotação de LIBERTAÇÃO que vejo nos tweets do Arcidezzz, mas de encerramento de ciclo. Lembro do filme "Gênio Indomável", aquela cena no final em que passam pra buscar o Matt Damon e ele saiu fora, a cara de felicidade do Ben Afleck... lembro do meu grande amigo lá dentro reagindo de forma parecida quando o comuniquei da minha decisão. E me lembro de ter falado pro Duda, num dia qualquer aí, como se fosse também um anjo torto, desses que vivem à sombra:

"Vai, filho, ser Sandrinho na vida!"

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

As Redes Sociais e o Meu Cu!

Preguiça de todo papinho que tem "Redes Sociais" no meio, sabia? Em diversas versões diferentes...

==> Tem o carinha que resolve posar de PALESTRANTE sobre "Como Utilizar As Redes Sociais" e fica cagando regra acerca do uso correto do Twitter, principalmente. Dizendo que o Twitter é o mó barato, desde que utilizado CORRETAMENTE e aí que eu fico putaço! Esse CORRETAMENTE é um corretamente na visão dele, que normalmente está a soldo de algum empregador, trazendo a seguinte mensagem subliminar: "Desde que seja usado como se fosse trabalho"! E dão exemplos cretinos, como: "Por favor, não usem o twitter pra dizer OI, ACABEI DE ESCOVAR OS DENTES, por que ninguém quer saber que você escovou os dentes..."

Beleeeeeeza! Claro, eu realmente não tenho muita curiosidade na higiene bucal alheia, mas prefiro mil vezes os tweets lo que quieras por aí afora, do que aqueles com propósito e significado, meramente informativos, profissionais na essência. E o pior, passo a enxergar pessoas como PAUS MANDADOS, que passam a seguir as regras e diretrizes do seu dono, aí já não quero mais papo. Só não sei o que tem de tão fascinante em tweets dizendo que vai ter aula de pula pula na academia "Não Registro Meus Empregados e Que Se Foda", ou WS em Nhandeara...

==> Tem aquelas pessoas que metiam o pau no Orkut, que era coisa de quem não trepa, bobagem, perda de tempo, etc... mas que agora, tecem loas e cânticos de louvor ao Facebook! Sim, o Facebook me parece mais interessante, mas é a mesma coisa. O comportamento contraditório me parece coisa de quem ficava falando mal de quem dá a bunda, mas aí sai dando a bunda só pra japonês, pra não machucar muito o cu. Coerência, oi?

Da mesma forma, não consigo entender essa indignaçãozinha de uma galera contra uma tal "orkutização" do Facebook, má cuma? What a fuck is this? Pelo que eu entendi - e espero que esteja errado, pra não dar unfollow na pessoa (embora a vontade seja de dar "unlive" mesmo) -, essa galera se acha privilegiada, diferenciada ou qualquer caralho desse naipe porque usa o Facebook enquanto a escumalha usa o Orkut. Feio, muito feio... ridículo, pra ser mais exato!

Eu larguei o Orkut de lado e prefiro usar o Facebook, mas não seria a melhor pessoa para dar um testemunho a esse respeito. Recentemente, um bróder me perguntou se eu tinha Facebook e rolou o seguinte papo:

- Tenho, cara, mas acho que não sei exatamente pra quê que serve.
- Igual o seu cu.
- Velho... eu sei exatamente pra que serve o meu cu: pra cagar!
- Você que pensa! - Sorrisinho de farfoio e pretensão de deixar dúvidas no ar, mas quanto a dar a bunda ou mesmo inclusão digital, penso mais ou menos como no lance do aborto: sou contra, mas se você tá a fim, faz aí!

Esse meu bróder é gay e eu acho meio preconceito ao contrário isso de exaltar muito algumas qualidades dos gays, como um senso de humor mais apurado e outros pendores, mas agora estou em dúvida se fui preconceituoso ontem, no cinema. Fui ver o novo do Woody Allen e tinham 9 pessoas no cinema além de mim. Quando eu cheguei, já tinha dois casais, lá no fundo, e eu procurei o lugar que fosse o mais distante possível deles, ali pelo meio da sala. Sentei-me numa agradável sensação de isolamento, sozinho (sim, fui sozinho e a Laura não gosta quando eu falo isso, mas não se trata de "ir numa boa sozinho", é mais como "eu prefiro ir sozinho", por diversas razões), trailer rolando e chegam 4 pessoas. Duas bichinhas magrinhas com duas amigas. Que já me deram no saco na fila da bomboniere, decidindo meticulosamente entre o Alpino e o Suflair, ou entre o Mentos azul e o vermelho, enquanto eu esperava pacientemente para pegar minha coca + pipoca. E onde essas pessoas se sentaram?

IMEDIATAMENTE ATRÁS DE MIM!!!!! É sério! Eles tinham o cinema todo pra escolher e se sentaram atrás de mim! E claro, colocaram o pé na poltrona. Não na minha, claro, mas na do lado, dando aquelas balançadinhas... e risadinhas... e conversinhas... começa o filme e não param as conversinhas, as balançadinhas, nem as risadinhas... em condições normais de temperatura e pressão, o que eu teria feito? Levantado da cadeira ALUCINADO, virando pra trás e fazendo as mais hediondas ameaças de vias de fato, mas aí me lembrei que eram bichinhas magrinhas, delicadas, me vi como o facínora da paulista que quebra lâmpada na cara dos outros, respirei fundo, me levantei bruscamente, de forma ameaçadora ma non troppo, e pedi, educadamente, para: 1- pararem com os risinhos; 2- calarem a boa; 3- tirar o pé da poltrona. Isso não é a ESSÊNCIA do preconceito, ou indo mais além, da DISCRIMINAÇÃO? Eu agi de forma diferente do que eu agiria, simplesmente porque eram bichinhas magrinhas, o que me levou a concluir, sei lá, que teriam menores condições de defesa ou ficaria "feio", whatever! Foda...

Eis a arte de começar falando uma coisa, falar de outra e não dizer nada com nada!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Pizza & Trampo & Outras paulistanidades bodysystêmicas

Uma vez eu tive pela frente uma defesa trabalhista em que o reclamante pedia aquele porrilhão de horas extras, e descrevia que laborava em exóticas jornadas de trabalho. Tudo bem que ele era Gerente e recebia um salário igualmente exótico para tal disponibilidade de horários, mas isso é irrelevante, o "exótica jornada de trabalho" ficou. Ficou porque a minha jornada na BS normalmente era exótica mesmo, tenho dificuldade em explicar pra muita gente quando tinha que trabalhar aos finais de semana, e até hoje (ATÉ HOJE) muita gente da minha família em Goiânia acha que eu trabalhava numa academia. 



Reuniãozinha exótica se aproximando, olha só o e-mail que o Christian Sick Boy mandou pros especiais, q-prozinhos e prós:

"Senhores e Senhoras, 



Queimou a tv! Assim, faremos a reunião no ap do Randall (obrigado, Tio Randas!). 



Rua Barão do Rego Barros, número 00, apartamento 00. Campo Belo (muito próximo do aeroporto)
Travessa da Otávio Tarquínio, na altura do Choppicanha. na Otávio, passa a Localiza (prédio verde), passa o Choppicanha, e vira a esquerda na rotatória, onde tem uma padoca na esquina. 



Como muitos irão direto da academia para a reunião, vamos pedir pizza. 



OBS.: 


1-Responda-me com um NÃO QUERO PIZZA caso você não queira pizza, pois contaremos com o seu dinheiro para pagar. Nesse caso, mantenha a coerência entre o não querer e o não comer.


2-Traga dinheiro trocado, pois pagaremos na hora (nada de pindura!). 


3-Esteja preparado(a) para lavar a louça que usar. 


4-Sabores tradicionais, nada de rúcula do Afeganistão com grão de bico libanês. 



Iniciaremos hoje às 22H00 e terminaremos às 00H00. 



Abraços!" 



Busy hollydays, claro! Há também o interessante aspecto inconfundivelmente paulistano de querer demonstrar o quanto se trabalha aqui, e aproveita-se qualquer oportunidade de transformar algo em convescote. Mas eu queria abordar o assunto "pizza"! 



Note que o Christian, prudentemente, quis acertar os detalhes importantíssimos no que tange à pizza, mas eu ainda sonho com o dia em que não seja mais necessário decidir "pizza de quê"? Quando alguém disser PIZZA, estará entendido que trata-se de um pedaço de massa redondo, fino de preferência, meia mussarela e meia calabresa. O resto pode continuar existindo, mas com outro nome. Calzone Aberto, por exemplo. Calzone Aberto a portuguesa, 4 queijos, toscanela, até o (Deus que me perdoe!) FRANGO CATUPIRY. As pessoas dizem que eu odeio pizza de frango catupiry, mas vai um pouco além do ódio; eu não suporto viver num mundo em que a pizza de frango catupiry exista impunemente, e comparo tal crime de lesa-gastronomia àquela coisa baiana hedionda que mistura camarão com quiabo. Camarão com catupiry é admissível, mas no dia em que vierem com pizza de quiabo eu exorto o povo a uma revolução, no mínimo uma guerrilhazinha. 



Outro dia a Laura saiu de casa 6 da manhã, doente, e trabalhou até 8 da noite, pegou todo o trânsito pós-rodízio e me ligou falando pra eu pedir uma pizza, que ela estava imprestável. Ela ama frango catupiry, mas nunca comeu esse acepipe grotesco em casa. Pedi meia alguma coisa e meia frango catupiry.
A Laura entendeu o gesto, achei o máximo! Comercial de margarina o caralho, as agências de publicidade deveriam expandir seus horizontes!

Inclusive pra abraçar a idéia do Calzone Aberto...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Chave

Cada um tem suas manias e seus apegos. Um dos meu grandes apegos na vida, é meu carro. Apesar de sujo, com umas coisas pra consertar, gasolina quase sempre na reserva e bagunça dentro, ele é MEU. Mexe comigo, mas não mexe no meu carro. Não dou, não vendo e principalmente: Não empresto.

Ou melhor, acho que empresto pra quem eu genuinamente confiar a ponto de entregar algo tãããão meu. Contabilizando, até hoje que eu me lembre apenas pessoas que compartilham o mesmo sangue que eu viraram a chave na ignição. E a exceção foi outro dia, no escritório, que meu carro estava onde era proibido, os guardas estavam multando, o Capi tava por ali visitando e se ofereceu pra tirar meu carro. Talvez tenha sido o meu maior ato de desapego do ano (e olha que esse ano eu tive muitos!), ou eu confio nele pra caralho mesmo.

O fato é que por essa coisa toda com o carro, muita gente nesses anos ficou magoadinha comigo, ou qualquer coisa assim, confundindo  todas as coisas: gostar com confiar, confiar com "entregar", etc, etc.
Tem bastante gente que eu gosto, mas não confio. Tem gente que eu confio, mas não gosto. Tem - muita - gente que eu gosto e confio, mas não me entrego. E ok! Não desmerece, nem muda meu sentimento por ninguém. Não é assim tão difícil de compreender, é?! E tem uma parcela mínima da "minha população", pra quem eu realmente entrego a chave do carro...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Versão "aceitamos colaboradores": VOCÊ BE ÃBA BESBO ASSIM? - By Keka Abreu

Fabinho não costumava muito ir a baladas, mas naquela noite os amigos insistiram muito. Era aniversário de um deles, ele não podia faltar. Ainda bem, pois parece que todas as luzes apontavam para uma mesma pessoa: Tatiana. 1,80m, cabelo longo loiro só nas pontas, meio ondulado. Coxas, bundas, olhos, sorrisos. Dançando no queijo (e ela não era contratada não, era só desinibida) Meo Deos! Coitadinho do Fabinho que ficou tão bobo que nem conseguiu ir ao bar. Mas outro “ainda bem que ele foi” , pois é claro que a deusa estaria com sede depois de tanto se acabar. Ele voltou a si do estado de bobeira aguda e foi lá conversar com a moça. 
- Toma: Whisky, gelo, energético.  Não sei se você gosta, mas o gelo mata a sede, o whisky te relaxa e o energético vai deixar você subir no queijo e arrasar de novo! Você estava linda!
Saber exatamente do que ela precisava, ter coragem pra oferecer  sem babar o ovo dela e fazer isso na hora certa, sem desinibição, mesmo ela sabendo que ele havia ficado bobo com a performance fez com que Tatiana se apaixonasse pelo rapaz.
3 semanas depois
- Cara, a mina é um espetáculo. Na cama, no banheiro, no sofa. A gente foi pra balada ontem, dessa vez fomos juntos, e essa mania dela querer dançar no queijo me alucina. É meio esquisito, mas eu curto, foi assim que eu a vi a primeira vez né…. To viciado nela, tá foda!!
4 meses depois
- Fapinho, to com gripe. É… beu dariz tá entupito.  Besbo assim você quer fir aqui me fer?
E ele foi. Maior chuva e ele passou na farmácia, comprou remédios extras. Era a primeira vez que ela ficava doente desde que eles se conheceram.  Culpa dessa rotina de professora do ensino médio, historiadora e pesquisadora a babá dos sobrinhos. E nos finais de semana, ela se permitia ir pra balada sempre que dava. Quando não inventava uma viagem de trabalho.
E isso foi fazendo o Fabinho se apaixonar ainda mais. Ela era linda, inteligente, meiga, talentosa, simpatica. E esforçada, trabalhadora. E tinha remela no nariz pois estava doente. E estava sem maquiagem naquele dia. De pijama velho, confortável, descabelada. E linda. E de mau humor. E cheirosa (seu cheiro original sem Victoria`s Secrets era mais gostoso ainda). 
E eles as vezes ficavam 2 ou 3 dias sem se ver pra ter saudades. E ela, quando não dormia bem, ficava com olheiras horríveis. E ele as vezes ia pra outras baladas com os velhos amigos enquanto ela viajava a trabaho. Ou jogar futebol. E ela engordou um pouco. Cade aquele par de coxas dignos de uma dança no queijo? E ele entrou junto numa dieta quando viu que isso estava deprimindo-a… mas que quando eles estavam felizes e queriam comemorar, eles voltavam praquela mesma balada que se conheceram. E enchiam a cara de whisky com energético. Só pra esquecer um pouco da vida.
8 anos depois
- Amoooor, acho que chegou mensagem no celular. Vê pra mim, to entrando no banho…
- Tati… é de um tal de Marcelo, querendo te ver, que está com saudades… o que é isso?
(…)
- Ok, sim, eu também te amo muito. Mesmo depois desse tempo todo. É, eu sei. Rotina, a gente deixou se levar. Mas eu continuo te amando e acreditando na nossa vida juntos., e sei que todas essas dificuldades só serviram pra provar o quanto o nosso amor é gigante.. Então bola pra frente, eu tenho muita fé na gente, nisso que a gente tem. Eu sei que isso foi culpa dos dois. Foi mancada sua, talvez não precisasse disso se tivéssemos conversado mais.  Mas a gente vai esquecer e vai superar. Sim, pra sempre.
Por que amar e ter fé naquilo que se ama é o que move a vida. E amar algo de verdade é amar todos os problemas que vem junto, todos os dias. desde que haja companheirismo, respeito, liberdade e compreensão. É quando, mesmo depois de descobrir como a parada funciona de verdade,  quando  as luzes acendem e o show acaba e a água e o sabão tiram as maquiagens e os sorrisos estratégicos, você continua acreditando naquilo fielmente e sente que vocês juntos tem muito a acrescentar um ao outro, E a vontade de participar de tudo aquilo aumenta. Quando percebe que todo mundo está sujeito ao erro e que a vida não é somente uma fantasia, uma dança com coxas esculturais no queijo, mas também uma manhã com chuva e remelas de gripe. Pois ela é somente um ser humano que foi enviado ao mundo com muitos defeitos, mas com uma missão, assim como todos os outros.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A orelha do Spock!

Lembro de duas coisas, que entrelaçadas, levam a um raciocínio:

1- O Preto foi numa dessas Convenções sobre Star Trek, porque ele (assim como eu), gosta muito dos filmes. E só. É importante ressaltar isso, porque chegando lá, tinha aquele bando de gente idiota, fantasiada, vivendo em outro planeta. E ele me disse que gostaria que ficasse claro pra qualquer um que passasse ali, que ele não era como aquele outro imbecil vestido como se fosse da tripulação da Enterprise, usando um par de orelhas do Spock.

2- Fui no show do Los Hermanos, porque eu gostava muito da banda. Uso o verbo no passado porque me recuso a continuar gostando de alguém que canta com SandyJúnior e Ivete Sangalo, mas pouco importa. Eu gostava de Los Hermanos. E no show, via um povo babaquíssimo, cantando os refrões de olhos fechados, sentindo profundamente as músicas, e senti falta de um par de orelhas de Spock pra essa galera, para eu me sentir minimamente diferenciado deles. Eu era só uma pessoa normal, que ia a um show para apreciar as músicas da banda, sem a menor pretensão de passar por uma experiência mística!

Existem muitos momentos na vida em que é necessário um par de orelhas do Spock, pra gente poder diferenciar quem é realmente idiota de quem simplesmente gosta de uma mesma coisa, de formas (e intensidades) diferentes.

No mundo que eu frequentava profissionalmente, os PIPIs chamavam os portadores de "Orelha de Spock" de Qprozinhos, um nome adequadíssimo! E eu fico muito feliz de ter visto, lá atrás, que eles não tinham orelha esquisita, apenas curtiam muito a mesma coisa que aquele povo meio maluco...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A divina arte de ser foda!

Sou daquelas pessoas que acredita que algumas coisas na vida acontecem pelo simples fato de TER que acontecer. Assim como as pessoas. Tem gente que é FODA. E é. E ponto!

Veja bem, a definição de "Foda", é tão foda, que não cabe uma definição. Eu só consigo explicar usando exemplos como "Foda é o Capi" ou "Foda é o Olavo", mas fica vago para quem não conhece (E antes que eu me esqueça, praticamente um mantra neste blog: Caco de vidro no cú de quem acha que é puxação de saco). É simplesmente ser O cara, A mulher, sem muita explicação lógica. Coisa de aura, sei lá. Daquele tipo de gente que você bate o olho e sabe que não importa o que aconteça, ou o que façam, eles são foda! São admiráveis. Exemplo de "vai lá, bate no peito, faz e arrasa".

E que fique claro, ser exemplo, e muito menos ser foda, não tem relação alguma com caráter. Eu diria até que uns 50% das pessoas foda que eu conheço, tem o caráter ou atitudes no mínimo... duvidosas. E nem por isso deixam de ser foda. Claro que para nós do mundo dos "leigos" e das criaturas, é muito mais simples reconhecer um foda bom caráter e condenar os maus sem reconhecer sua "fodice". Eu costumo ser justa e reconhecer: Ok, ele é filho da puta, mas é um filho da puta muito foda!

E atrás dos fodas, ficam sempre os aspirantes a fodice. Dançando sempre conforme a música, numa crença iludida de que poderão ser assim também. Ledo engano, pessoal. Isso é ser cuzão. Ser foda é de nascença.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Barras de Ego

"Barras de Ego" são uma das moedas mais instáveis do mundo. De três em três meses elas sofrem uma inflação incrível, que dura algumas semanas, e depois passam por momentos de desvalorização tremenda.


Posso ser linchado daqui uns dias, mas… caco de vidro no seu c* se você se sentir ofendido. Sou totalmente contra as Barras de Ego porque as mesmas vão, pura e simplesmente, contra certos Valores Virtuosos. Na real, nem precisa ir muito longe - é também chamado falta de humildade.


Pior é o cara que se vangloria dos feitos que ele faz por obrigação. Você é fodão? Bom pra você - não fez mais que a obrigação. Seu evento foi fudidimais? Uai, não é pra isso que você foi pago?


As Barras de Ego ficam ainda mais inflacionadas quando o cara quer mostrar pra todo mundo o extrato bancário dele. Faz questão de usar as redes sociais para que todos vejam e, às vezes, usam marca-texto no saldo, saca? Também chamada de "Barras de Ego War". Aí brotam do chão, um querendo ter mais e mais que os outros! Eu hein!


O que o otário não sabe, é que essas Barras de Ego só funcionam pra ele e só são desejadas pra quem tem conta no mesmo banco. O resto da galera assiste de fora e ri (ou tem dó) do deslumbramento do otário.


Rezo pro dia que essas pessoas perceberam que, na verdade, suas contas estão vazias. Não a bancária, mas a conta da vida. Do que adianta se encher disso tudo, quando sabemos que essas Barras tem pouco tempo de vida? Será que vai ser tarde demais quando perceberem que suas contas estão vazias? Que todos aqueles extratos impressos e colocados em quadros na parede não valeram de nada?


Mas pelo jeito, todo mundo pensa só na conta bancária a curto prazo… vai entender...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sexo Anal e o Capitão Kirk

Por que os homens querem tanto? No caso, comer o seu cu. No caso (II), estou me dirigindo às leitoras, pois essa prática entre pessoas do sexo masculino me foge à compreensão por absoluta falta de experiência, lacuna que poderia ser preenchida pelos demais cronistas do Zerotonina. Ainda assim, se me perguntassem e exigissem uma resposta de bate-pronto, sem consulta prévia ou pesquisa, eu diria que o pessoal do esquema come o cu uns dos outros porque se trata do único buraco disponível para se enfiar alguma coisa, mas vamos ao tema.

E eu gostaria de excluir também aquelas minas que gostam de dar o cu. Sim, elas existem, embora eu... enfim, deixa pra lá. Falando das mulheres que "estão na média" e não curtem dar o cu, existe essa coisa de tentar entender porque os caras querem tanto. E eu explico: A CULPA É DE VOCÊS! Sim, porque vocês mentem. Mulher mente. Homem também, claro, mas quando o assunto é sexo, mentem em direções opostas. Tipo, o homem fala que comeu mais do que comeu e a mulher diz que deu menos do que deu. Convenções, sociedade careta, etc, sei como é. E aí a mulher comete a besteira de, visando preservar territórios, dizer que nunca deu o cu. É esse o problema! É aí que reside a necessidade humana de...

Resumindo e dando algum sentido ao título do post: quando a mulher diz que nunca deu o cu, desperta o Capitão Kirk que existe em cada um de nós, pronto para fazer do pau uma enterprise e ir, audaciosamente, onde homem algum jamais esteve!

Porque assim, falando por mim, "buraco por buraco" a diferença nem é tão grande assim. E olha, posso falar? Vai rolar! Mais cedo ou mais tarde, numa comemoração especial, um aniversário de namoro, quando o cara fizer 30 ou 40, na necessidade de algo especial, uma bebedeira que sai do controle, na sequência de uma cagada à guisa de perdão, enfim, vai rolar. Portanto, se quiser encurtar o caminho, fala que gosta. Sim, diz que curte e pronto. Sei que deve doer, pelo que vocês me dizem, mas sabem como é, no pain, no gain, então enfia aí. Garanto que o assédio será bem menor. É o lance da conquista e da submissão o que liga, vai por mim.

Uma outra alternativa, um pouco mais drástica e com consequências ligeiramente imprevisíveis é falar algo assim: "Ah, com você dá pra fazer numa boa, agora, com o meu ex nem pensar, aquele pau imenso, ia me arrebentar inteira, nem boquete eu conseguia fazer direito, dava dor no maxilar colocar aquilo tudo na boca..." Sim, isso fará o cara desistir do anal, mas existe a possibilidade da auto estima peniana do sujeito ficar tão abalada que ele desista. De tudo. Pra sempre. Viver passa a ter um significado menor, quando o seu pau é tão menor que o do ex a ponto dela topar sexo anal de cara...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Sexo bom se faz com quem não nos comunicamos tão bem"

Genial essa frase! Minha "eu" Tati Bernardi escreveu a frase que pra mim justifica a existência e a manutenção dos famosos P.A's.

P.A, do grego, do hebraico ou do latim, Pinto Amigo. Também na sua versão para os moços, que podem ter suas B.A's, que eu não traduzirei a sigla, pois mamãe dizia que esse é o palavrão mais feio de todos.

Mas a palavra "amigo", por muitas vezes pode meio que foder as coisas (não no sentido literal, dessa vez). Pois se o(a) cara é seu amigo mesmo, de verdade, daqueles de tomar cerveja e ter um monte de histórias juntos, das duas uma: ou vocês serão aquele tipo de ser humano evoluidíssimo que vai dar uma e rir como velhos amigos - que de fato são - depois (rezo diariamente para um dia alcançar tal grau de evolução). Ou, alguém vai começar a entortar os fatos e pronto... a coisa já mudou de rumo. Já estragou e alguém vai sair perdendo. (Prazer, meu nome é Nat e trabalhei muitos anos de minha vida como Entortadora de Fatos)

Por essas e outras, eu sou MUITO mais a favor dos P.Cs; B.Cs... Pintos Colegas! Esses sim, se enquadram na frase da Tati Bernardi. Cuja função é unica e exclusivamente a carnal, até porque, se não for isso, o que mais vocês fariam juntos? Falta assunto, falta conteúdo e principalmente, falta vontade. Então pra que perder tempo forçando papinhos? Na grande maioria dos casos, a conversa é quase um desastre, o contato é bem menor e possivelmente menos frequente que com os P.As, porém o sexo vale mais que todos os seus amigos juntos.  Desde que quando termine, você vire para o lado e durma.

Se nem Jesus agradou todo mundo...

Fala que já não ouviu isso aí? "Eu não tenho que agradar todo mundo, se nem Jesus agradou, porque eu vou"?

Né?

Tá bem de referência/parâmetro o rapaz aí ou não? Quer dizer, analisar que a rapaziada que Jesus não agradou era a fina flor da canalhice não precisa? Ou ainda, tentar aprofundar POR QUE Jesus não agradou aqueles facínoras, pra quê, né?

Dizendo assim, parece que Jesus não agradou todo mundo porque peidava, tinha mau hálito ou ouvia sertanejo universitário, daí, "libera eu pra ser pau no cu sossegado, porque se nem Jesus agradou todo mundo..."

Sim, eu disse pau no cu, porque quando o cara lança mão dessa tese de defesa é porque já tá além dos limites da paunocuzice aceitável, o que só é mais babaca do que querer estar ACIMA de Jesus, ou seja, fazer todos os esforços do mundo pra agradar todo mundo.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Hunf! Post longo, Crocco

Se eu estou triste e puto desse jeito porque eu não fui no show do Belle and Sebastian? Sim e isso me lembrou de quando o Palmeiras perdeu o título da Copa do Brasil pro Cruzeiro de 96 e a namorada da época falou que, pela minha cara, até parecia que tinha morrido alguém. A resposta do Randas:

- Olha... deve ter umas 15 pessoas no mundo cuja morte me deixaria mais triste do que isso. E você não é uma delas.

Quando a minha mãe costumava me dizer, naquele momento em que queria vencer a luta por nocaute, com gotas de escárnio pendendo dos lábios "Suas namoradas te chifraaaaaaaaam", ela não sabia que só as muito insistentes e com sádico prazer pelo mal, chifravam. O mais comum era dar área mesmo. Compreensivelmente. Um dia, uma namorada me ligou:

- O que você tá fazendo?
- Vendo um jogo de basquete.
- Eu vou aí, quero te ver.
- Certeza? Tá tarde, eu tou vendo basquete...
- Não tem problema, eu só quero te ver, ficar um pouquinho contigo.
- Vem aí.

E com menos de 5 minutos de jogo, ela pegou o controle e começou a mudar de canal, perguntando se não tinha alguma coisa menos chata passando... sacou? Eu não fui desonesto, não prometi algo que não cumpriria, nada, estava sendo fiel aos fatos. E o pior de tudo é que comecei a querer terminar com ela, simplesmente para nunca mais me ver esbulhado no meu sacrossanto direito ao uso do controle remoto. Não, o pior de tudo foi não ter coragem de dizer pra ela que tava terminando por causa disso, inventei umas desculpas manjadas, dei uma de louco, falei que precisava de um tempo só pra mim e enfim, sei que deve ser difícil pra você imaginar que eu possa me dar a esse luxo, mas poderia contra argumentar dizendo que já fui magrão e nadava abaixo de 47, mas nem, já era gordérrimo mesmo nessa época.

Daí que eu só posso concluir que o lance da Laura comigo é amor mesmo, porque se você exclui a irresistível e avassaladora atração física, interesse financeiro e o prazer da companhia, o que sobra? Fora ISSO, não acredito no amor, muito menos em pessoas que dizem "eu te amo" pra Deus e o mundo.

E o número de pessoas cuja morte me entristeceria mais do que não ter ido ao Show do Belle and Sebastian hoje é menor que em 96...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sorocabanices

De vez em quando, alguém fala ou faz algo que me parece pouco convencional e uma colega do cursinho definiu de forma engraçada: SOROCABANICE. Não vou falar mal da minha cidade, guardem as armas, se eu for fazer isso, é com Votorantim. Mas veja bem... a peça do Mário foi num lugar em que todo mundo chama de Fórum Velho, por razões auto-explicativas. Ok, daí que eu desisti da visita do carinha do TRE aqui em casa perguntando se eu não desejo regularizar minha situação eleitoral e vou fazer isso by myself (esse país, viu, o Lula é foda, pra onde vai o dinheiro do imposto que eu sonego?).

Onde fica o cartório eleitoral? "No Fórum Novo", diz a Laura. "Caralho, tão longe assim?", perguntou eu e isso tá ficando chato, eu sei, mas ela me diz que não é tão longe, é ali na Gustavo Teixeira, perto do Salesiano, caminho da escola do Duda e eu piro:

- Mudou o Fórum? Não é mais lá perto do restaurante que a gente foi no domingo?
- Não, ali é o Fórum, na Gustavo Teixeira é o que a gente chama de "Fórum Novo".

Então é assim, caro leitor: Existe o Fórum Velho, o Fórum e o Fórum Novo. Só que o Fórum que está sendo utilizado como Fórum, não é o Fórum Novo, que apesar do nome, é mais antigo que o Fórum, o - por assim dizer - oficial. A Laura quis me dizer que isso não é drama nenhum pra quem é daqui e não existem advogados fazendo fila querendo protocolar petições no Fórum Novo, que eu é que sou cri cri e ela deve ter toda a razão. E também não tenho nada contra uma cidade com quase 400 anos ir mudando o Fórum de endereço à medida que aumenta a demanda de sua população por justiça, mas...

Só que daqui pra frente, pra não ter que falar que vou no Fórum-FÓRUM eu só vou chamar o Fórum Novíssimo de Padaria Real Justice Hall, para evitar quaisquer dúvidas a respeito.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Meus Pecados Inconfessáveis

- Eu prestei vestibular pra Direito pensando única e exclusivamente em ganhar dinheiro.
- Votei no Fernando Henrique em 94.
- Gostava de Engenheiros do Hawaii na adolescência.
- Cheguei a achar Engenheiros do Hawai melhor que Legião Urbana.
- Cheguei a achar Los Hermanos melhor que essas duas bandas acima.
- Ainda gosto de Engenheiros do Hawaii.
- Só aprendi a dirigir aos 24 anos.
- Tinha uma menina na escola que todo dia me pedia balinha Chita. Depois de um tempo, eu passei a ir no banheiro, desembalar a balinha, passar no pinto, reembalar e colocar no bolso esquerdo (as outras ficavam no direito), pra saber qual balinha dar pra ela quando ela me pedisse.
- Teve um dia em que eu não a encontrei, esqueci, e lá pela quinta aula, chupei essa balinha do bolso esquerdo.
- Já joguei no "tampinha" do Vila.
- Eu li "O Alquimista" e "Diário de Um Mago".
- Li o livro da Bruna Surfistinha.
- Fui no Show do Menudo no Serra Dourada em 85.
- Assisti "Brokeback Mountain".
- Uso os lenços umedecidos do Duda pra limpar a bunda.
- Parei antes da página 100 de "Cem Anos de Solidão" e não pretendo voltar.
- Nunca li: Guimarães Rosa nem James Joyce.
- Cheguei a ser "meio" Santos por causa do meu pai e quase fui Corinthians na época da Democracia.
- Fiz passeata de cara pintada pra derrubar o Collor.
- No dia em que eu tomei o tiro, a história que eu contei não foi bem daquele jeito. Ninguém quis me comer (não sei como acreditaram, se é que acreditaram!). Eu reagi porque... sei lá, não queria dar o tênis, achei que daria pra encarar, e me pareceu uma oportunidade de morrer boa demais pra desperdiçar, naquela época em que eu achava a minha vida uma merda.
- Não sei baixar música na internet.
- A raiva que eu tinha do meu pai era, 95%, pelo fato dele ter perdido todo o dinheiro.
- Eu já usei um abadá (na verdade, o troço chamava mortalha, era do bloco "Meninos da Albânia" e meu pai me obrigou), no carnaval de Maceió em 86.
- Fiz cursinho no Anglo só porque era afim de uma menina.
- Fiz cursinho no Rubão só porque todo mundo falou que eu não passaria no exame de seleção.
- Nunca consegui guardar dinheiro.
- Prefiro assistir "Warriors" dublado.
- Ainda acredito no Palmeiras.

domingo, 7 de novembro de 2010

Pensar nas Consequências

Lembrei disso ontem, 8 e tanto da noite, quando uma reunião geral na empresa não parecia caminhar para um final num prazo rápido, e um colega resolveu expressar, de forma contundente e assaz sincera, sua discordância com as opiniões do nosso C.E.O. Eu tenho certeza que ele não pensou EM NÓS.

A outra situação que representa bem o "pensar nas consequências" é aquela cena em que o Clint Eastwood entra no bar em que o idiota colocou o cadáver do Morgan Freeman na porta:

- Você vai matar o cara?
- Vou.
- Mas ele está desarmado!
- Deveria ter se armado, quando decidiu decorar o bar com o cadáver do meu amigo.

E eu acho que é isso, a partir do momento em que você toma certas atitudes, precisa simplesmente estar preparado pro que der e vier, mas não quero ficar pensando muito nisso. Ao final da nossa reunião, abreviada graças a um tal de Dódi que ia morrer e as pessoas precisavam ver, um cara veio falar comigo:

- Quem é O Aracy de Almeida?
- Como?
- O Aracy de Almeida, que vocês falaram o tempo todo?

Tive dúvidas de que estávamos na mesma reunião, mas descobri que o tal de Dódi era um personagem da novela que ia morrer e todo mundo queria ver. Perguntei qual a graça de ver uma coisa que você já sabe que vai acontecer, e alguém me disse que em Romeu e Julieta todo mundo sabe que eles morrem, e vão ver. Eu realmente não sabia que Shakespeare estava no mesmo nível que as novelas da Globo, olha só como eu sou preconceituoso!

- Aracy de Almeida, cara? Tem certeza?
- Vocês falaram o tempo todo que precisam aumentar o nível de contato com o Aracy de Almeida e...
- DECISION MAKER!

Ok, eu sei que não tem nada que chamar o cara que manda de "Decision Maker", mas daí a Aracy de Almeida...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mulheres...

A convivência com as mulheres é algo interessantíssimo, com a nossa própria, então... enriquecedor, pra dizer o mínimo! Eu "descobri" um tênis velho meu, um Reebok marrom que eu comprei em 95, e que tenho um puta apego por ele, pois eu fiz as viagens mais afudês com ele (fiz questão de levá-lo na Lua de Mel), e gosto de me lembrar que estava usando-o quando conheci a Laura. Aí eu fui pra Sorocaba no feriado e não levei sapato nenhum além do chinelo, como sói acontecer, mas decidimos voltar só na segunda cedo, eu ficaria direto no trampo, e cadê sapato? Fucei nos armários da casa da mãe da Laura e achei o Reebok.

- Por que você ainda tem esse tênis horrível?
- Eu gosto dele.
- Ele é horrível!
- Ele é importante pra mim, eu pisei em New Orleans com ele, estava usando ele no dia em que eu te conheci!
- Então, bem que poderia marcar o fim de uma era, né? Poderia simbolizar algo, que depois de me conhecer, parou de usar tênis feios como esse...

Gostei de pensar nisso, de que alguma coisa parou de acontecer quando foi iniciada a Gestão Laura. O fato mais significativo que eu me lembrei foi o argumento que a minha mãe sempre usava nas nossas discussões, naquele momento em que eu tava com a defesa aberta e ela precisava encaixar um contra-ataque, aí vinha com os dois pontas abertos e mandava um "Suas namoradas não te suportam, elas te chifram!!!!".

Isso acabou. Mas falando em relacionamento entre noras e sogras, acho que a pior coisa que pode acontecer é quando a nora liga pra sogra pra reclamar do marido. Isso é inadmissível, escroto, babaca, denuncia uma falta de caráter e o nível mais alto de cerezada, porque as mães são canalhas, estão sempre a cata de argumentos pra chantagear seus filhos, e a vai a esposa e entrega de bandeja... sem falar que é inconcebível, pois vamos falar a verdade: os dois se conheceram onde, acompanhando procissão?

- Os canais que eu mais gosto estão fora do ar, Randall!
- Eu liguei lá na NET e precisa fazer uma visita técnica, mas como a gente vai mudar na semana que vem, nem vai rolar.
- Sei... aposto que se fosse o Sportv ou a ESPN que estivessem fora do ar, você tomaria algum tipo de providência!

A Laura é engraçada... o Sportv andou saindo do ar outro dia, acho que por uns 20 minutos. Aí eu fiz uma de minhas ligações terroristas e eles arrumaram sem visita técnica. Eu acho que não seria o caso de gastar uma ligação terrorista, sem falar que ainda me surpreendo com o fato dessas ligações funcionarem...

- Você tem um padrão, né? Gosta da Lorelai, a Maggie Gyllenhall, seu negócio é mulher branquinha, de cabelo preto e olho azul?
- Não necessariamente... gosto da Juliane Moore, também, que é ruiva e sardenta.
- Gosta nada, tá falando isso só pra anular meu argumento.

Nessas horas, ela só espera a hora em que eu vou falar da Christina Ricci, pois tem uma implicância gratuita com ela e sei lá se num desses momentos resolve jogar fora os filmes dela (o que seria razoável, uma vez que eu não permito nenhum filme do Peter Gabriel em casa), e sei que ficar citando Scarlett Johanson e Naomi Watts não ia resolver. Tem a Nancy Travis, branquinha e com cabelo de Biro-Biro que nem a Laura, mas será que ela vai se lembrar de filmes como "Justiça Cega" ou "Os Puxa Sacos"? Resolvo radicalizar:

- Ah, tem a Mulher Melancia.
- Quem?
- A Mulher Melancia...
- O que é uma Mulher Melancia??????

Ela perguntou "O Que É?", não "Quem é?", tem uma enorme diferença nisso... e nessa hora, eu percebo que não existe nenhuma maneira de ter tomado conhecimento da existência da Mulher Melancia a não ser por meios matrimonialmente ilícitos. Saber quem é a Mulher Melancia é a maior sujeira, vai por mim.

Mas a Coca-Cola quer me foder! Na boa... desde quando a Laura estava grávida, eu dizia que ela, com seu gene dominante, ia prejudicar a minha linhagem de cabelo bom e o Duda ia ter cabelo de Biro-Biro. E aí fica mais ou menos tácito que "cabelo de Biro-Biro" é um cabelo enroladinho, pois ela provavelmente não se lembra de ter visto o jogador que faria dupla de volantes com o Galeano no time dos meus sonhos. Aí vem a Coca-Cola com essa campanha e eu tou só esperando o dia em que ela vai me esperar na porta e perguntar se eu acho que o cabelo dela é parecido com o do Biro-Biro.

Eu acho que essa vai ser uma hora propícia de mostrar a Playboy da Mulher Melancia pra ela.

Dos Tempos de Castello

Requentado, do primeiro mês que ia de Sorocaba a Bostaville todos os dias...

Eu preferia que o mundo não tivesse motoboys, mas ficar praguejando contra a existência deles é algo pra quem não precisa - como eu - de vez em quando proferir um "na Paulista em meia hora, voa!" durante o dia. Eles são um reflexo da nossa sociedade, mal necessário, essas coisas, saca?

Mas motorista de caminhão é foda! Sei que eles devem odiar me ver passando com o meu carrinho de pequeno burguês e eu tinha mais era que ficar calado ou ir marchar com Deus pela democracia, mas será que dava pros motoristas de caminhão não serem tão doidões? Alguém mais entendido vai me dizer que se não fossem, não dirigiriam caminhões, tentariam uma vaga no Banco do Brasil ou no juvenil do São Paulo, e eles devem ter os seus "em meia hora na Paulista" elevados a máximas potências, mesmo assim... sabe? Eu queria era ter o super poder deles de dar seta e entrar! A preocupação passa a ser exclusivamente de quem vem de trás, principalmente se for num carrinho pequeno, alienado e mal pago.

- Quem mandou gostar tanto do Kerouac? Agora é "On the Road" todos os dias!

Não dá pra mensurar o quão distante está o meu ontheroad diário atrás do salário, do que o Jack escreveu naquelas folhas de telex. Like a dying stone...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Problema sério!

Eu tenho um problema sério com gente arrogante: normalmente gosto deles, me dou super bem e acho que são uns injustiçados pela massa ignara e burra que insiste em nos rodear. Quer que eu conceitue "gente arrogante"? Não dá, pois pelo que eu pude perceber, é um conceito pra lá de subjetivo, mas ilustrando com pessoas conhecidas dos frequentadores, vou me lembrar de gente que eu já ouvi dos outros que era arrogante ou prepotente: Magoo, Júnior Crocco, Akiau, Tonon, Christian, Fabinho Blanc, Geré, Robinson, dentre tantos outros. O que tem em comum nessa turma? Não tem Zé Mané no meio. Aliás, nunca vi chamarem um Zé Mané de arrogante, assim como nunca vi alguém reclamar da "forma" quando é elogiado, é só na hora da crítica que vem esse papinho-muleta, que eu interpreto como uma tentativa de desqualificar a crítica e evitar, ao máximo, enfrentar o problema: o conteúdo!

Ah, se um de vocês entre os citados não sabe que algumas pessoas acham vocês arrogantes, desculpa estragar a surpresa, mas eu já ouvi. Se serve como consolo - mas não deveria servir -, eu sempre me dei super bem com vocês, apesar de, eventualmente, termos brigado uma vez ou outra. Acho que é porque "as pessoas" também devem dizer que eu sou assim, e nesse caso, só posso dizer que me sinto honrado. Não caso de dar o exemplo do Paulo Francis. Eu e meus amigos víamos ele no Manhattan Conection e a maioria dizia: "Que cara arrogante, deve ser um saco conversar com ele!", enquanto eu pensava "Que cara inteligente, deve ser do caralho conversar com ele".

Mas aí talvez você me pergunta se não tem um jeito dessas pessoas não "soarem" tão arrogantes e eu digo que não, não tem. Porque vai ser sempre assim. Pra quem não consegue "acompanhar" determinado tipo de conversa, assunto ou raciocínio, é mais fácil atacar do que reconhecer alguma limitação. O que também não é vergonha nenhuma, faço questão de frisar! Em muitas ocasiões eu não entendo muito o que está sendo dito, e procuro prestar atenção pra tentar aprender. E tem também a metáfora com o pau grande. Sim, tenta pedir pra um desses caras com pau grande se comportar (naquilo que você tá pensando mesmo) como se não tivesse. Não rola! O cara sabe que tem e o que aquilo é capaz de fazer!

Por isso, se as pessoas te acham arrogante, a possibilidade da gente se dar bem é muito grande!

domingo, 31 de outubro de 2010

Só para os fortes!

Hopi Hari na chuva não é programa para os fracos! Primeira ligação do dia, DELA, minha grande e melhor amiga, organizadora de todo o balacobaco:

- Dormindo ainda? A gente já tá saindo, são 9 da manhã, ó, tá uma puta chuva, mas lá não chove, vamo aí!

Abri a janela e tanto lá, quanto cá, o diagnóstico era o mesmo: PUTA CHUVA! Mas se lá não chove, vamo aí! Até porque o Duda já acordou perguntando cadê o Hopi Hari. Segunda ligação do dia:

- Olha, a gente chegou e tá só uma garoinha, vai parar daqui uns 15 minutos, tem teatrinho e um monte de atração coberta, compra capinha de chuva, eu e o Sandrão estamos querendo entrar, o que você acha?

Nesse momento, eu entendi o que acontecia, foram muitos anos de convivência e parceria. Se ela e o Sandrão estavam fechados, isso significava que a Isa, o Rob e a Pauleti eram do grupo dos indecisos ou talvez até dos do "nem fodendo", mas se tem uma vocação minha bem visível no meu iceberg das competências é a capacidade de ser parceiro em cagadas. Fechei, claro! Coerência (com a cagada de programar um passeio desses sem olhar a previsão do tempo) e Superação. Além do quê, olhar para o que farta e não para o que falta: não ia ter fila, nem passar calor, nem... ok, ia ser foda! Mas olhei pra cara do Duda e avaliei as consequências de voltar pra casa: ele, aos 37 anos, fazendo análise para superar o problema de confiança nas pessoas, porque uma vez o pai prometeu levá-lo ao Hopi Hari e desistiu por causa de uma garoinha de nada.

Ainda que na entrada, a honestidade do rapaz do estacionamento tenha sido quase suficiente pra nos fazer desistir:

- Olha, a gente tá sem sistema e não aceita cartão. A previsão de chuva é até terça, a maioria dos brinquedos não está funcionando e pode ocorrer o estouro de uma manada de elefantes, além de um terremoto e a erupção de um vulcão.

Aí veio ela, claro, a Rac, com os 30 dinheiros do estacionamento salvar o dia! E é claro que foi do caralho! Por volta das duas a chuva passou e foi disparadamente o melhor passeio que eu já fiz com o Duda. A divisão das "turmas" era engraçada: Os pais e mães de pequenos com seus pequenos. A Isa com as meninas. A Rac e a Paulete com os "grandes" e aí eu comentei com a Laura como dava gosto ver a Rac, se divertindo igual aos meninos. É a tia que todo mundo quer ter. E a Prima, claro! E caco de vidro no seu cu, se acha que eu sou puxa-saco. É que quando eu gosto muito, eu não consigo ser só amigo, sou fã. Na hora do almoço:

- Duda, esse aqui é o Tio Robin e aquele é o Tio...
- BATMAN!!!!

Fodeu! Acho que ele nunca mais vai chamar o Sandrão de alguma outra coisa que não seja Tio Batman! E se eu fosse dono daquela porra, no próximo mix do Power Jump eles estariam vestidos de Batman & Robin (e um terceiro coreógrafo à sua escolha de Mulher Maravilha)!

Sei que o Croccs já deu feedback sobre posts longos e posts fofinhos "meu querido diário" não constam como propósito desse blog. Mas aí deu vontade. Foi muito legal estar entre amigos e ver o meu filho brincando com os filhos dos meus amigos! Acaba sendo um pouco do que eu penso sobre MUNDO MELHOR, ainda que restrito ao nosso jardim.

Feliz Aniversário Tio Batman!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mais uma dos tempos da Demóstenes...

Correria total pra conseguir os ingressos pro jogo de quinta que vem, aparentemente vai dar tudo certo. Eu tenho um Ozéias, externo. Tento, a todo custo, que parem de chamar meu Ozéias que trampa na rua de Motoboy. Sim, ele anda de moto, mas é apenas seu meio de locomoção. Não sou um "walkingboy".

Enfim, foi ele lá pro Parque São Jorge-Pacaembu-Ibirapuera tentar voltar de lá com 14 ingressos de cadeira coberta pra gente ver o Corinthians, e nessa de ligar pros bróders e perguntar se vai no jogo, um deles lançou: "Ah, eu tava afim de levar minha namorada no jogo, vou falar com ela..." - sacado! E estádio de futebol lá é lugar de levar mulher? Bom, São Paulino leva, mas aí é quase a mesma coisa, ao menos no que diz respeito às áreas de interesse e assuntos afins, como xampu, hidratantes, samambaia e marca de meia-calça. 



Pra estádio de futebol você tem que ir com seus amigos, de preferência aqueles que gostam de buceta, pois tem que pairar, acima de tudo, aquela possibilidade de ir todo mundo pro puteiro depois. Na verdade, ninguém nunca vai pra puteiro nenhum, mas o assunto tem que existir: 



- E o Bahamas, hein? 


- Ah não, dá muito lutadorzinho de jiu-jitsu e vale tudo, gente baixo astral. Melhor mesmo é o Kilt, clássico! 


- O Kilt é show, mas custo benefício igual ao do Bomboa, diz aí? 


- Cara, um amigo meu disse que encontrou a secretária de um colega lá! 


- Ah, mas pra ter esse tipo de surpresa nada é igual ao Café Photo! - Porra, Café Photo não é recomendado é pra Despedida de Solteiro! 


- Por quê? 


- Ah, periga o cara desistir de casar! Vamo lá, vamo lá, vamo lá, todo mundo, em uníssono: ÔÔ-Ô ÔÔÔÔÔ, TODO PODEROSO TIMÃO! 


- CORINTHIANS, CORINTHIANS MINHA VIDÁÁÁÁÁÁ, CORINTHIANS MINHA HISTÓRIÁÁÁÁÁÁÁ, CORINTHIANS MEU AMOOOOOOOOOOOR! 


- Mas então, cara, quanto será que morre um programinha básico no Photo, trezentinho? 


- Que nada! Quina no mínimo, bróder! 


- A gente podia combinar uma pescaria no próximo fim de semana... 


- A gente podia voltar a falar de buceta. 



De qualquer forma, parece que miou a função dos ingressos e tá todo mundo cogitando pagar 100 paus pros dealers, mas nunca é demais lembrar que, a despeito de toda a empolgação, eu não sou corintiano.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

As "Pessoas Partido"

Em época de Eleições, achei interessante pensar numa metáfora, as "pessoas partido".

Tipo aquela pessoa DEM. Eu convivo muito bem com esse tipo de gente, pois sei o que pensa: não gosta de pobre, de preto, de viado ou de qualquer outro tipo de minoria, o que quer é enriquecer o máximo possível com o consequente empobrecimento de vários e não tenta te enganar. Quando eu digo que convivo bem com esse tipo de gente eu quero, na verdade, dizer que a minha forma de conviver com eles é não conviver. Outro dia, eu disse que sou totalmente a favor do direito do cara de não gostar de viado, pois assim, posso exercer o meu direito de não gostar de quem não gosta de viado.

E o cara PSDB, sem gastar muito tempo na análise, é o DEM com um discurso mais bonitinho. É o cara que vai botar na sua bunda, mas antes, faz uma filustria qualquer pra parecer que não vai doer muito. O PSDB não diz que gosta de pobre, preto e viado assim, na bucha. Ele diz que não tem nada contra e até tem amigos pobre, pretos e viados.

O sujeito PMDB é um dos mais fáceis de identificar, mas não pelo discurso, e sim, pelo "diga-me com quem andas". Ele estará sempre do lado de quem manda. Ou de quem oferece vantagens. De quem está no poder. E as mudanças são as mais bizarras e controversas possíveis, bem como a capacidade de deixar pra trás os amigos que já não estão mais no poder.

E o PV? Ah, o PV é demais! Tem um discurso bacana, uma postura ilibada, normalmente com propostas de salvar coisas complexas, como a humanidade, o planeta, o meio ambiente, etc... só não peça ele para decidir alguma coisa prosaica, simples, do dia a dia! Pede pra ele que seja uma coisa como "pela marginal ou pela 23?" e você vai ouvir um "Ééééééééé..." e já passou. Mas no fim, o PV vai acabar é fechando com o PSDB, dá menos trabalho...

A pessoa PT é mais difícil identificar, pois pra isso, precisa esperar ela chegar ao poder. Porque ela tem uma atitude fora do poder e outra dentro. E são antagônicas!

O PSOL é tudo o que eu gostaria de ser. Contra! Fiel apenas e tão somente aos princípios! Mais nada! Do tipo que larga o Poder se não concordar com o que está sendo feito, se não for coerente com o que foi "prometido". É o que tá do outro lado do ringue na luta contra o Sistema. E quando eu digo que gostaria de ser isso, significa que já fui Sistema. Já estive do lado do Sistema, defendendo o Sistema. Esquecendo um pouco o que eu acreditava, as minhas convicções, em nome do leitinho das crianças e desculpas quetais. Acho que o PSOL nunca vai chegar ao poder, mas eu consigo conviver com isso. Power to the People!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A gente vai levando...


Feliz, feliz! Feliz com esse tanto de post de gente bacana aqui no coletivo de despropósito e insignificância, com os comments, a empolgação do Preto e a qualidade dos textos. Feliz de verdade. E é com isso que deixo aqui esse sambinha do meu amigo de Hollanda (o Pagão do Polytheama) em parceria com o ex-marido da namorada da Paula Burlamaqui, porque...

Mesmo com toda a fama, com toda a brahma
Com toda a cama, com toda a lama
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa chama
Mesmo com todo o emblema, todo o problema
Todo o sistema
, todo Ipanema
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa gema
Mesmo com o nada feito, com a sala escura
Com um nó no peito, com a cara dura
Não tem mais jeito, a gente não tem cura
Mesmo com o todavia, com todo dia
Com todo ia, todo não ia
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa guia
Mesmo com todo rock, com todo pop
Com todo estoque, com todo Ibope
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando esse toque
Mesmo com toda sanha, toda façanha
Toda picanha, toda campanha
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa manha
Mesmo com toda estima, com toda esgrima
Com todo clima, com tudo em cima
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa rima
Mesmo com toda cédula, com toda célula
Com toda súmula, com toda sílaba
A gente vai levando, a gente vai tocando, a gente vai tomando, a gente vai DOURANDO ESSA PÍLULA!


terça-feira, 26 de outubro de 2010

É falta de rola mesmo!

Eu sempre procurei ser aquele cara educado, que procura um jeitinho melhor para dizer as coisas com educação e respeito para os outros.
E tenho que confessar que apesar da capacidade imensa de suportar as pessoas encherem toneladas e toneladas do saco meu, sem eu dizer um A, tenho que dizer que o saco está ficando velho e rasgando… junto com a minha paciência.
Há tempos, amigos-botequeiros-cervejeiros filosofavam sobre as necessidades das pessoas e uma das frases que eu ouvia muito de uns “trutas” era: “Essa mina aí precisa é de rola”.
Mal-humor, estresse, TPM, é o caralho… é falta de rola mesmo.

Eu havia avisado quando mudamos para o apto onde moro hoje (com mais um cara e três "minas"), alías fica a dica para quem um dia pensar em dividir uma casa com amigos: - Vamos fazer uma escala (adoro planilhas) dos dias em que cada um lava o banheiro, passa aspirador e tudo mais… No outro apartamento era assim, vamos continuar…
A resposta TPMrística foi NÃO, com caixa alta mesmo e a justificativa foi que éramos grandes o suficiente para sabermos quando um banheiro precisa ser lavado, um carpete aspirado, um piso encerado e uma casa arrumada. E eu disse ok!
Após 4 meses, hoje me deparo com dois comunicados e modelito circular com um sermão sobre higiene e educação, e a bendita escala semanal!
Como eu estou em busca do meu cantinho de paz nesse planeta, é claro que eu não vou falar que eu já tinha dado essa idéia há quatro meses atrás, pois eu sabia que meu senso de “opa, tá na hora de lavar esse banheiro aqui” é mais retardado do que o delas e que todas as vezes que eu percebia o fato, no dia seguinte ou horas depois o(s) mesmo(s) já estavam lavados, aspirados, polidos, chupados e etc…
E eu juro que o que queria, de verdade, era evitar atrito ao sugerir a escala, pois assim eu fazia a minha parte, conseguiria ver um sorriso dentro de casa e reciprocamente sorriria de volta!

Mas agora entendi que:
- Se não colocar o lixo pra fora irrita. Mas se colocar também irrita, pois não está do jeito “certo”.
- Se convido para sair com os meus amigos irrita, pois avisei em cima da hora. Mas se recebo um convite em cima da hora pra sair irrita também, pois não dá tempo de convidar.
- Se não faço o almoço/janta irrita. Mas se faço irrita também, pois eu coloco cebola e/ou não tempero do jeito “certo”.
- Se acordo “virado na Berenice” e faço toda a faxina não deixando nada pra ninguém fazer irrita. Mas se não faço a faxina irrita também, pois ninguém ajuda.
- Se o dia foi perfeito, teve sol, o trabalho foi tranqüilo, não teve trânsito (aliás nunca tem) irrita, pois ver alguém feliz parece que irrita!

E cheguei à conclusão que isso só pode ser, falta de rola! Exatamente como o pessoal falava.
Porque se após um dia maravilhoso, com todas as tarefas que vossa alteza deseja foram executadas, onde o sol brilhou, a flor brotou e o orvalho caiu e tu não estás feliz, só pode ser uma coisa: “Falta de rola”

Sintonia Grossa

Jogando "Imagem & Ação", aquele joguinho da Grow em que, através de mímica, os grupos tem que adivinhar a palavra:

- Tocando guitarra, tocar guitarra, baixo, bateria... uma banda! É uma banda, de 3 caras, guitarra-baixo-bateria, The Police, Rush... não? É uma banda de 3 caras, mas... Ah, é brasileira? Paralamas! Não é Paralamas? Ah, é o nome de uma música dos Paralamas... médico ouvindo o coração... CALEIDOSCÓPIO!

O outro time ficou olhando... porque a palavra a ser adivinhada era CALEIDOSCÓPIO, e quando o Pescoço começou a fazer mímica de banda, provavelmente comemoraram, achando que aquilo não chegaria a lugar nenhum. E quando eu fui, de médico auscultando o coração pra caleidoscópio, certeza que ninguém entendeu bosta nenhuma! Porque o nome da parada que o médico usa é ESTETOSCÓPIO, então...

Então que não tem nenhuma música dos Paralamas chamada ESTETOSCÓPIO, mas "Quem vai pagar as contas desse amor pagão, te dar a mão, trazer a tona pra respirar, que vai chamar teu nome ou te escutar..." é uma música deles que se chama CALEIDOSCÓPIO. Mérito meu, de saber essas coisas? Não, do Pescoço, que é o cara que mais me conhece no mundo, que sabia qual caminho percorrer para chegar onde a gente queria, enquanto o outro time fazia uma mímica "literal" e o máximo que as pessoas faziam era repetir "luneta, binóculo? Binóculo, luneta?".

Eu acho que isso diz muito sobre... conseguir o que você quer de outra pessoa. Sim, você pode se apoiar nas ferramentas clássicas que todo maníaco do RH adora, como a Pirâmide de Maslow ou a Janela de Johari, mas pra conhecer alguém de verdade, é preciso meter a mão na massa. Conviver com a pessoa. Ter interesse nela. Só isso.

Eu, quando empregado de alguém, tenho uma maneira em que prefiro que me peçam algo: faz isso porque você é pago pra isso. Lembro muito bem o ensinamento de um bróder, aquele que mais me ensinou em toda a minha vida profissional (e ele não é advogado, odeia advogados e disse que só gosta de mim porque eu não pareço advogado), com sua postura que mistura Mestre Yoda com Spock. Segundo ele:

- Quer comer meu rabo? Avisa. Só isso! Deixa claro, "seu rabo é meu, me pertence e agora eu vou comê-lo". Agora, não vem com papinho de que vai empregar uma técnica de alargamento do meu cu envolvendo penetração peniana, pra eu poder cagar melhor e massagear a minha próstata visando a prevenção de câncer... EU NÃO SOU IDIOTA, não me faça de idiota!

E ele ainda finalizava, com aquela que eu considero uma das frases definitivas sobre convivência:

- Se você me fez de idiota, não comemore! Eu sei que você me fez de idiota. Você não me enganou, eu permiti que isso fosse feito por força das circunstâncias, mas não se vanglorie! Do jeito que está, ficou bom...

Então fica assim entre a gente: encurta o caminho, atravessa o 7-copa, me chama pro duelo e eu ainda te dou o direito de escolher as armas. E o mais importante, se algum dia eu souber que você andou falando mal de mim, é essencial que você esteja me tratando mal, sacou?


domingo, 24 de outubro de 2010

Uma Música... (Post pra Keka)

... que quando toca me faz pular da cadeira e sair correndo, pra dançar e pular na pista feito débil mental: "Bornslippy" - Underworld, apesar de que eu nao sou muito de dançar 


... que ouço no volume máximo a fim de obrigar os vizinhos a conhecê-la: "Mr Brightside" - Killers


... a ser tocada na trilha sonora do filme sobre a minha vida, no exato momento em que beijo a mocinha pela primeira vez depois de longa e excruciante espera: "Set The Fire To The Third Bar" - Snow Patrol 


... cuja cover foi capaz de superar a versão original: "Cherish", da Elba Ramalho americana, com o Renato Russo

... que me faz lembrar de um amigo distante: "Torch Singer" - Buffalo Tom 


... que entristece: "The Man Who Sold The World" - Nirvana 


... que me alegra: Judy and the dream of horses - Belle and Sebastian 


... que me faz querer transar: Jah Works - Ben Harper 


... que diz muito sobre mim: De Onde Vem a Calma - Los Hermanos 


... que me faz lembrar algo significante: Heroes - David Bowie 


... que faz meus amigos lembrarem de mim: Infinita Highway - Engenheiros do Hawaii

... que eu gostava, mas agora nem tanto: Sunday Bloody Sunday - U2 


... que eu não admito que gosto: Rent - Pet Shop Boys 


... que eu faria tudo para ouvir num show: Tempo Perdido - Legião 


... que lembra minha infância: Tarde em Itapoã - Vinicius 


... que lembra minha adolescência: Envelheço na Cidade - Ira! 


... que muitas pessoas gostam, eu não: Another Brick in the Wall - Pink Floyd 


... que é melhor no carro: Song 2 - Blur 


... que eu gostaria de acodar com: Side - Travis 


... que eu gosto e meus pais também: Vai Passar- Chico Buarque 


... que foi tema de um dos meus filmes favoritos: Let's get it on - Marvin Gaye 


... que me faz querer estar só: Runaway Train - Soul Asylum 


... que me faz Sorrir - She Bangs The Drums - Stone Roses 


... que não é meu tipo, mas eu gosto: Like a Prayer - Madonna 


... que eu posso cantar bem: Absolutamente nenhuma. 


... que é antiga, mas eu gosto: Love Will Tear Us Apart - Joy Division 


... bacana com nome de mulher: "Leila" - Legiao Urbana 


... dos Beatles, que ao ser regravada ficou tão boa quanto a original: "Across The Universe", Rufus Wainright, Moby e Julian Lennon. 


... para tocar no meu funeral, enquanto os camaradas recordam casos embaraçosos que protagonizei durante minha vida banal: "Teatro dos Vampiros" - Legião Urbana 


... para fechar os olhos e sonhar acordado: "If You Leave" - Nada Surf


... cujo título é melhor que a própria música: "O Mundo anda tão complicado" - Legiao Urbana 


... para ouvir no carro em uma estrada deserta, à noite, com o vento na cara: "Hey Jude" - Beatles 


... para matar alguém com requintes de crueldade: qualquer uma sertaneja 


... para curtir uma tremenda fossa, estatelado na cama com os olhos pregados no branco do teto: "Trocando em miudos", disparado! - Chico Buarque 


... que é brega, mas eu gosto mesmo assim e foda-se: "Tenho" - Sidney Magal


... com letra foda e melodia mezzo mezzo: "Somebody" - Depeche Mode 


... com melodia foda e letra mezzo mezzo: "3 Lados" - Skank 


... altamente afrodisíaca: "Never there" - Cake 


... que me faz lembrar alguém que eu preferiria esquecer: "In Theese Arms" - Bon Jovi

... que eu venderia a alma para ter composto (ok, é exagero, talvez um ou dois dedos do pé): "In My Life" - Beatles 


... para ouvir em dias de chuva, pensando no Tudo e no Nada: "Your love Is The Place Where I Come From" - Teenage Fanclub 


... que tocou no rádio até torrar o saco e mesmo assim ainda gosto: essa é dificil, pois quem me conhece sabe que eu nao escuto radio em hipotese nenhuma, mas vou arriscar "Anna Júlia".

sábado, 23 de outubro de 2010

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Advertências Úteis

Os comentários entre parênteses devem ter sido feitos pelo "Dutra" da parada... o non sense é tanto que chego a desconfiar da veracidade da parada, mas vamos lá:

Num secador de cabelos: 
"NAO USE QUANDO ESTIVER DORMINDO" 
(Sei lá, você pode querer ganhar tempo....) 


Na embalagem do sabonete anti-séptico Dial: 
"INDICAÇÕES: UTILIZAR COMO SABONETE NORMAL" 
(Cabe a cada um imaginar pra que serve um sabonete anormal...) 



Em alguns pacotes de refeições congeladas Swan: 
"SUGESTÃO DE APRESENTAÇÃO: DESCONGELAR PRIMEIRO" 
(É só sugestão! De repente o pessoal pode estar a fim de chupá-las como picolé...) 



Num hotel que oferecia touca para a ducha: 
"VÁLIDO PARA UMA CABEÇA" 
(Alguém muito romântico poderia colocar a sua e a da amada na mesma touca) 



Na sobremesa Tiramisú da marca Tesco, impresso no lado de baixo da caixa: 
"NÃO INVERTER A EMBALAGEM" 
(Oops!!! RRRaiooosssss!!! Acho que fiz uma besteira!) 



No pudim da Marks & Spencer: 
"ATENÇÃO: O PUDIM ESTARÁ QUENTE DEPOIS DE AQUECIDO" 
(Dedução brilhante!!!). 



Na embalagem do ferro de passar Rowenta de fabricação alemã: 
"NÃO ENGOMAR A ROUPA SOBRE O CORPO" 
(Gostaria de conhecer a infeliz criatura que não deu ouvidos a este 
aviso) 



Num medicamento pediátrico contra o catarro infantil, da Boots: "NÃO CONDUZA AUTOMÓVEIS NEM MANEJE MAQUINÁRIA PESADA 
DEPOIS DE TOMAR ESTE MEDICAMENTO" 
(Imagine quantos acidentes poderiam ser evitados se esses travessos 
miúdos de 4 anos ficassem longe dos volantes dos carros e das 
retro-escavadeiras Caterpillar) 



Nas pastilhas para dormir da Nytol: 
"ADVERTÊNCIA: PODE PRODUZIR SONOLÊNCIA" 
(Pode não, deve!!!! Foi prá isso que eu comprei!!!!) 



Numa faca de cozinha: 
"IMPORTANTE: MANTER LONGE DAS CRIANÇAS E ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO" 
(Será que lá os cachorros e gatos são ninjas disfarçados? Nunca vi 
nenhum mexer em faca!! ) 



Numa caixa de luzes decoração de Natal: 
"USAR APENAS NO INTERIOR OU NO EXTERIOR" 
(Alguém pode me dizer qual é a 3ª opção?? Será o espaço cósmico?) 



Numa serra elétrica da Husqvarna, de fabricação sueca: 
"NÃO TENTE DETER A SERRA COM AS MÃOS OU OS GENITAIS" 
(Kit de castração caseira??!! Essa eu não entendi!!!) 



Num saquinho de batatas fritas: 
"VOCÊ PODE SER O VENCEDOR. NÃO É NECESSÁRIO COMPRAR. DETALHES DENTRO". 
(Dentro do que??? Onde???) 



Numa fantasia infantil de Super-Homem: 
"O USO DESSE TRAJE NÃO O TORNA APTO A VOAR" 
(Olha como isso destrói a imaginação da criança!)

Bom final de semana!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Diálogos Insanos na Demóstenes - 2004

Um brother meu vai dar (tem gente aqui na empresa que prefere "ministrar") um curso em Goiânia e queria umas dicas da cidade para criar "rapport" com os alunos; eu falei algumas coisas e avisei que quando ele saísse pra happy hour ou algo do gênero, que não ficasse assustado com a quantidade de mulheres que saíam sozinhas e se instalavam em mesas só de mulheres, uma quantidade tentadoramente absurda. A pergunta que ele me fez desencadeou o verdadeiro CAOS dialético entre as pessoas que estavam nas proximidades:

- Mas essa mulherada sai pra dar ou não?
- Todas as mulheres saem pra dar!
- Que absurdo, Randall!!!!!! (quase todas em uníssono)
- O quê? Saem mesmo... pode ser que não dêem necessariamente naquele dia, mas já prospectam pra dar dali uns dias. Ou vai me dizer que vocês perdem o maior tempo se arrumando e maquiando sem pensar em dar?
- Alguém amordace o Randall, por favor?
- Ele tá errado! Mulher não sai pensando em dar, quem sai pensando em dar é viado. Mulher sai pra qualificar qual homem vai lhe proporcionar mais vantagens econômicas depois que ela der pra ele.
- Tem a ver, tem a ver...
- Vocês tem sérios problemas pra resolver, meninos, alguém já disse isso?
- Mas viado pode sair pra comer, também.
- Não, viado é só o que dá.
- ???????????
- É sim, ué. Viado é quem dá a bunda, o que come é no máximo um homossexual ativo, ou...
- Tão te ensinando tudo errado, hein bicha? - nosso amigo gay - Mas abre seu coração, vai, qual é a sua dúvida?
- Não, é... bom, no Sul a gente chama de viado aquela bichinha que grita e dá chilique... é o cara que dá a bunda, né?
- Veja bem...

A balbúrdia se instalou completamente, ao que o meu amigo do papo inicial veio até a minha mesa e quase em tom de sussurro falou:
- Então, Randall, a mulherada de Goiânia que sai pra dar, dá pra gente voltar a falar?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Gestão de Lacaios

Outro dia eu liguei pro Pescoço e fiquei com um pouco de inveja, uma invejinha light, unplugged, nada demais. Aliás, fiquei meio puto quando li um livro horroroso do Zuenir Ventura (perdão pelo pleonasmo) em que ele dizia que sentir inveja é querer ter o que o outro tem e que ele deixe de ter. Fodeu! E ainda dizia que não existia a inveja branca, inveja boa, inveja do PSDB, inveja a favor do aborto, nada. Inveja era Lado Negro da Força e ponto. Que se foda o Zuenir, eu senti inveja branca do Pescoço porque ele tem alguém pra atender o telefone pra ele e... digamos, filtrar as ligações. E isso me deu a ideia dos lacaios que eu pretendo ter quando eu for putzgriolionário, mas até agora só pensei em 3:

1- Alguém para falar por mim ao telefone. Não é a mesma coisa que a menina do Pescoço faz. Ela "filtra", talvez anota recado, inventa desculpas. O meu lacaio teria que evitar que eu fale ao telefone. Se me passar um RECADO, vai ser despedido, pois pra isso, uma máquina serve! A função do cara envolveria criatividade, cara de pau e comprometimento com uma meta, que eu imagino de 4 contatos por mês, não parece bom? E é claro, sem relatório me dizendo com quem falou, o que fez, como resolveu, apenas tirar quem é irrelevante e desinteressante da minha vida.

2- Alguém pra tirar fotos! Vejo álbum de pessoas no Facebook e acho o máximo, mas não tenho o menor saco de: 1- levar máquina; 2- Ficar pedindo pras pessoas se reunirem pra tirar uma foto, interrompendo um assunto ou mesmo o fluxo numa festa; 3- Baixar as fotos pro computador. E isso, de certa forma, inviabiliza meus álbuns massa no Facebook e alhures. Porque eu até "roubo" fotos do álbum dos outros, mas não sou o tipo de cara que todo mundo chama pra tirar foto, então, esse Lacaio faria tudo isso, de forma discreta, sem conversar comigo durante o evento, baixaria as fotos e ainda faria aquela coisa mala de girar pra esquerda ou pra direita, me mandando o arquivo pronto. O trabalho de montar o álbum no Facebook eu me permito, tem uma certa graça nisso.

3- Fazer check in. Principalmente em aeroporto e hotel. Em aeroporto eu até compreendo que exista a necessidade de uma burocracia mais chata, pois tem gente que usa avião com outras finalidades que não seja ir do ponto A para o B com mais rapidez e conforto, como a rapaziada do Bin Laden e sequazes, mas aquela fichinha da Embratur que a gente tem que preencher em hotel... FALA SÉRIO! O mundo evoluindo a passos largos na questão da tecnologia, tem hotel que impõe com tanto glamour, momentos mágicos, um receptivo bacana, quando de repente, aquela porra da fichinha pra você preencher à mão!!! Sério, acho que foi o Piteco que inventou isso e fica feliz ao ver que a obra dele continua em pleno vigor e eficácia.

Sei lá, pensei também em alguém pra tirar os M&Ms vermelhos do pacote, mas aí seria muita frescura... alguém mais contribui com alguma ideia?