sexta-feira, 25 de março de 2011

Chega de saudade, a realidade é que sem ela...

E o meu caminho é cheio dessas... Essas pessoas que estão ali no canto, que passam meio despercebido as vezes... Essas que além do nome, você não sabe muita coisa. Mas você gosta. E não tem porquê, embora quase ninguém entenda isso.

Eu gosto e pronto! São tantos, e toda hora tem um indo embora, um mudando... Em geral, pra melhor. Ou é você que muda, que precisa sair e deixar a pessoa lá.

E quando é pro bem, a gente fica feliz, fica orgulhosa, sei lá, fica bem de ver o outro! Mas ele vai pra outro lado e você não tem tempo - nem espaço - de falar nada! Até porque... como chegar "se declarando" e contando toda a diferença que a pessoa fez pra você, se vocês se tratam meramente com um "Oi!"... é no mínimo estranho!

E são tantas as pessoas que não fazem a menor idéia de como "tudo" muda por causa delas, sem que elas nem façam nada... Chegam, passam, mudam tudo e vão embora sem imaginar! E sem saber como a gente fica agradecido. Eu queria esse "tempo" de conseguir falar "Obrigado" por aquela aula naquele dia, por aquela música daquela vez, por aquele comentário engraçado, por aquela visita no blog, por qualquer coisinha que ela tenha feito, que fez toda a diferença. E ter tempo de dizer que a sensação de alguém passar, marcar e muito provavelmente nunca mais ser vista é das coisas mais estranhas... mas ainda assim torço pelo sucesso! Odeio essa coisa de "ir embora", das pessoas mais próximas, até as mais coadjuvantes... C'est la vie... Boa sorte!!!

terça-feira, 15 de março de 2011

O Oligofrênico de Niterói

Como se diz na minha terra, "eu mexo com esse trem de blog" desde 2002, e a caixa de comments sempre esteve lá, à disposição dos mais diversos fuzilamentos, ainda que sob pseudônimos ridículos os velhos anônimos que ficam corajosões na internet. Só uma vez apaguei um comentário dos outros, um sãopaulino irritadinho com algo que eu escrevi e e fez comentários escrotérrimos numa foto da Laura com o Duda, fora isso, sempre tolerei as mais diversas formas de ataque ao que eu escrevo.

Vou repetir: ao que eu escrevo.

Eventualmente, é mais do que óbvio que o que eu escrevo gere ataques diretos a mim, ossos do ofício, e foi o que ocorreu com um cidadão que eu carinhosamente passo a chamar de O Oligofrênico de Niteroi, por razões diversas. Antes de entrarmos no mérito da questão, eu gostaria de lembrar de um personagem que a Clara Averbuck "batizou" de "Leitor Mark Chapman". Mark Chapman, pra quem não sabe, é aquele cretinaço que matou o John Lennon, pelos motivos mais toscos da história dos assassinatos, mas resumindo: ele achava que conhecia o Lennon! Eu fico imaginando o Lennon caído e olhando pro cara que lhe enfiou 4 balaços no peito e dizendo: "O que eu fiz procê, véio"?

Bom, o Oligofrênico de Niteroi me adicionou no Facebook e aí, por ter trabalhado na Body Systems por 10 anos, vivo passando por situações em que não sei direito se conheço a pessoa, se só falei pelo telefone, cruzei num WS ou precisei interferir juridicamente na vida dela. A Laura mesmo se assustava quando ia nos WS e muitas pessoas mandavam uns "Oooooooooi Laura" na mó brodági. Enfim, a gente aceita o pedido de "quer ser meu amigo?" e a vida segue. Mas no Facebook, tem lá uns espaços pra gente escrever e eu meto bronca. Nessa, o Oligofrênico de Niterói se ofendeu...

E veio com um papo de que eu sou FRUSTRADO por não gostar de carnaval, que em tese, eu não teria o direito de odiar o direito de milhões de pessoas serem felizes. Eu costumo falar pra essas pessoas comerem merda, pois milhões de moscas não podem estar erradas, mas o papinho de frustrado me pegou... FRUSTRADO? Com o quê? Normalmente, é com o lance de ser gordo, mas aí o caso não seria complexado? O que quer que seja, não é o oligofrênico de niterói que vai saber, pois ele não me conhece! E quando eu disse isso pra ele, sabe o que me respondeu?

Não, não foi a resposta padrão de obviedade, que os meus textos dão uma ideia de quem eu sou, isso seria acima do quociente intelectual dele! Ele falou que me conhece sim, foi na Central da Body Systems uma vez e me viu lá!!!!! Bom, bloqueei o babaca. Parece incoerência? Explico pra vocês.

No blog, qualquer um entra e fala o que quer (e é mais do que óbvio que mormente ouve o que não quer), mas no Facebook, tem aquela coisa de "amigo". Sei que nem chega perto da conotação "oficial" da palavra enquanto instituto, mas mesmo assim, a ideia de ser, ainda que na forma Zuckerberguiana, amigo do Oligofrênico de Niteroi, é por demais asquerosa, por isso, #Block!

E o cara continua lendo o que eu escrevo e mandando mensagens com outro nome. E mandando mensagem pros meus amigos. Oligo, vem aqui, ó. Vem no blog e descarrega sua raivinha, aqui tá liberado, beleza?

sexta-feira, 11 de março de 2011

A nossa interminável idiotice!

Dos mais recentes, acho que 2009 foi o meu pior ano, até porque em 2008 o Palmeiras pelo menos foi campeão paulista. Tou brincando, nem eu sou tão idiota assim. E é sobre isso o que eu quero falar: a nossa capacidade de ser idiota. Que eu exerci com excelência em 2009, perdendo quase por completo o desenvolvimento do Duda, numa carga horária de trabalho esdrúxula e um envolvimento com coisas desnecessárias, mas não foi culpa disso que, numa sexta feira, depois de mais uma reunião que levava nada a lugar algum, que eu pirei, grilei com um cara que estacionou atrás do meu carro na pizzaria e risquei o carro dele com a chave. Surtei, é verdade. Deixei meu cartão com o cara do estacionamento, depois acertei tudo e o pior é que o cara ainda era gente boa pra cacete! E ainda me falou: "Cara, depois disso, eu vou começar a prestar atenção no jeito que eu estaciono"... me saiu cara essa andragogia aí, viu?

Daí que, dois anos depois, você matricula o seu filho na escolinha do futebol e o professor dele, no segundo dia de aula, vem falar contigo:

- Você chama Randall Neto?
- Chamo - respondendo já achando que ele lê o meu blog.
- Mora na Avenida Caribe?
- Moro - e a conversa tá ficando esquisita.
- Foi você que riscou o meu carro?

Ainda bem que, depois que eu confirmei envergonhado, os pais ao redor devem ter pensado que se tratava de um acidente de trânsito, ou algo que o valha. Me desculpei de novo, inutilmente, mas ele me disse uma coisa interessante: "A maneira como você agiu depois de riscar o meu carro diz mais sobre você do que a merda que você fez". Tomara, mas acho que eu discordo dele. Quer dizer, as duas atitudes dizem sobre mim de maneira idêntica, nem mais nem menos. O que deve surpreender é que esses celerados que riscam carros dos outros costumam "mandar procurar os direitos na justiça", o que não é do meu feitio.

Terminou o treino, a molecada toda foi embora e o Duda quis ficar dando uns chutes a gol, e o professor deu uma puta atenção a ele. Foda foi que eu pensei comigo: "Ele deve estar pensando que é melhor tratar bem o filho do louco, senão..."

quarta-feira, 2 de março de 2011

5 Razões Pelas Quais... eu odeio o carnaval!

1- A Globeleza. Eu odeio a Globeleza, com aquela dancinha, os braços rodando e o sorriso no rosto... aliás, esse meu bode de SORRISO NO ROSTO deve vir dos professores de aeróbica dos Anos 80, mas é ela aparecer na televisão e me bate uma depressão, uma vontade de entrar pro IRA e explodir coisas, ou virar a Glória Perez e escrever novelas (o que eu acho mais nocivo pra humanidade do que muitos genocidas)... e nem é o caso de desejar a morte dela ou comemorar se ela morrer, como no caso do Rogério Ceni, a Ivete Sangalo, SandyeJúnior, dentre tantos, pois ela não é uma pessoa, é uma entidade, praticamente um monumento à nossa cretinice e mediocridade! A Globeleza aparece todo ano para nos lembrar o quão burros e babacas nós somos, todos nós, os que gostam o carnaval e também os que toleram, pois não fazer nada pra acabar com essa desgraça é uma forma de permitir que ela continue acontecendo.

2- As Músicas. Será que eu preciso esclarecer que não estou me referindo às músicas do Lamartine Babo, as marcinhas, o "se você fosse sincera ooooo aurora"? Ou mesmo os samba enredos BONS do Rio, aqueles do xinxim e acarajé ou o explode coração do Salgueiro, a minha alegria atravessou o mar e ancorou na passarela, tudo isso é muito legal! E meu Deus, sei que sem o carnaval, nós não teríamos a obra magistral que é "Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida", mas for christ sake, todo mundo sabe do que eu tou falando, né? A gente tá falando das, na falta de denominação melhor, MÚSICAS BAIANAS. Sim... e a gente que achava Daniela Mercury um semi-lixo, teve que aturar Ivete Sangalo e Cláudia Leitte pra fechar o caixão! E a coisa piora, de Caralho de Asa de Águia pra Chiclete com Bosta e por aí vai, até chegar em Rebolation e Tchubirabirom, se eu tivesse uma empresa, demitiria quem passa carnaval em Salvador ou participa de algo que tem envolvimento com essas coisas!

3- A Baianização equivocada de tudo. Então, o termo "baianização" aqui não tem nada a ver com a maneira como os paulistanos médios eleitores do Maluf que acham o Kassab massa a utilizam. Aqui, é uma tentativa de mostrar que quando o Caetano fala "a Bahia tem um jeito", ele não tá falando de abadá e pipoca. Porque, graças ao carnaval da Bahia, fica parecendo que é a única coisa que presta na Bahia, coisa equivocada de gente preguiçosa que nunca ouviu João Gilberto ou leu Jorge Amado. Tem gente que não curte Jorge Amado, principalmente quem nunca leu. Eu acho que "Capitães de Areia", "Quincas Berro D'água" e "Velhos Marinheiros" são obras primas da literatura mundial e pronto, minha caixa de e-mails mental rejeitará automaticamente as opiniões contrárias. Sem falar na culinária baiana, disparado a melhor do Brasil. E as praias. Mas experimente, fale Bahia para as pessoas ao seu redor e mais de 50% vai pensar em "tirupéduchão e balança as mãozinhas"...

4- Bailes de carnaval em clube high-society. Eu já falei que no dia em que me tornar Caudilho Supremo e Soberano da Humanidade por la gracia de diós, minha primeira medida será acabar com os bailes do havaí em cidades do interior. E a origem desses bailes patéticos é o baile de carnaval em clube metido a reduto da high-society. Nada é mais deprê. A própria existência desses eventos é deprê, pois membro da high que vai nesses bailes de carnaval é porque tá mal das pernas, bateu uma quebradeira e não conseguiu viajar. E aí, os filhos pentelham, a mulher enche o saco, e o cara vai pro Ipanema/Country/Clube de Campo dar uma satisfação à sociedade. E é uma bosta! As músicas ruins, o babaca que vai fantasiado de Batman, os bloquinhos com camisetas e frases ridículas, o cunhado que arruma briga com o pessoal do Jiu Jitsu, o pessoal do jiu jitsu dando em cima da sua mulher e ela insinuando que você deveria "tomar providências"... sem falar no clássico rito de passagem do pai dar lança-perfume pro filhão de 16 anos, mas sempre advirto que isso não significa que ele vai levar numa boa quando achar uma ponta de baseado na mochila do mesmo filhão.

5- Carnaval BOM em cidade do interior. Olha, acho que ISSO é o que mais me irrita! Disparadamente! Porque alguém, em algum momento, sem o menor critério, decidiu que uma cidade do interior completamente desinteressante TEM UM CARNAVAL DO CARALHO! Seja Porangatu, Jaraguá, Diamantina, Puta Que Pariu do Passa Quatro ou Casa do Caralho d'Oeste, tem sempre um mito de que nesses lugares o carnaval é BOM DEMAIS! Por que? Tem mulher demais, dizem... ou então, a mulherada dá, meu Deus, já dizia o meu bróder-guru-xamã Benal: quer comer essa mulher? Dá cachaça pra ela, deixa ela bêbada! Sim, isso diz bastante sobre os nossos méritos e competências, mas é a mais pura verdade! Portanto, coloca uma mulherada junta, ouvindo música ruim numa cidade sem absolutamente NADA pra fazer, bebendo enlouquecidamente, o que elas vão fazer a não ser DAR? Porque também tem o lance de não poder voltar pra cidade de origem sem trepar, sem beber até o estado comatoso, sem dar um vexame, isso é o ESPÍRITO DE CARNAVAL? Beleza, vai aí que, como dizia Paulo Francis, mando o Detefon no meu lugar!

5.1 Bonus Track: Descobri recentemente que Votuporanga foi alçada pelas autoridades competentes a Cidade Completamente Desinteressante Onde o Carnaval É Bom. E isso meio que explica tudo... sim, tenho raízes Votuporanguenses, apesar de ter nascido em Rio Preto e na verdade, acho que ISSO explica muito sobre Votuporanga: minha vó morava lá, mas aparentemente nem pra fazer um parto servia e a pessoa precisava andar 80 Km pra dar a luz em Rio Preto. Foi lá que, com uns 6 anos, vi A CENA. Minha mãe com um micro-micro-micro vestido verde encarnando uma Sininho, em cima de uma Rural-Willys à guisa de carro alegórico, uma garrafa de Johnny Walker Red Label na mão e todo mundo à minha volta gritando GOS-TO-SA, GOS-TO-SA... Não, carnaval pra mim não rola!