sexta-feira, 11 de março de 2011

A nossa interminável idiotice!

Dos mais recentes, acho que 2009 foi o meu pior ano, até porque em 2008 o Palmeiras pelo menos foi campeão paulista. Tou brincando, nem eu sou tão idiota assim. E é sobre isso o que eu quero falar: a nossa capacidade de ser idiota. Que eu exerci com excelência em 2009, perdendo quase por completo o desenvolvimento do Duda, numa carga horária de trabalho esdrúxula e um envolvimento com coisas desnecessárias, mas não foi culpa disso que, numa sexta feira, depois de mais uma reunião que levava nada a lugar algum, que eu pirei, grilei com um cara que estacionou atrás do meu carro na pizzaria e risquei o carro dele com a chave. Surtei, é verdade. Deixei meu cartão com o cara do estacionamento, depois acertei tudo e o pior é que o cara ainda era gente boa pra cacete! E ainda me falou: "Cara, depois disso, eu vou começar a prestar atenção no jeito que eu estaciono"... me saiu cara essa andragogia aí, viu?

Daí que, dois anos depois, você matricula o seu filho na escolinha do futebol e o professor dele, no segundo dia de aula, vem falar contigo:

- Você chama Randall Neto?
- Chamo - respondendo já achando que ele lê o meu blog.
- Mora na Avenida Caribe?
- Moro - e a conversa tá ficando esquisita.
- Foi você que riscou o meu carro?

Ainda bem que, depois que eu confirmei envergonhado, os pais ao redor devem ter pensado que se tratava de um acidente de trânsito, ou algo que o valha. Me desculpei de novo, inutilmente, mas ele me disse uma coisa interessante: "A maneira como você agiu depois de riscar o meu carro diz mais sobre você do que a merda que você fez". Tomara, mas acho que eu discordo dele. Quer dizer, as duas atitudes dizem sobre mim de maneira idêntica, nem mais nem menos. O que deve surpreender é que esses celerados que riscam carros dos outros costumam "mandar procurar os direitos na justiça", o que não é do meu feitio.

Terminou o treino, a molecada toda foi embora e o Duda quis ficar dando uns chutes a gol, e o professor deu uma puta atenção a ele. Foda foi que eu pensei comigo: "Ele deve estar pensando que é melhor tratar bem o filho do louco, senão..."

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