terça-feira, 17 de maio de 2011

Pra não dizer que eu nunca te dei nada...


Isso tem sei lá quantos anos, acho que uns 5 ou 6, fiz um “curso” em uma empresa e acabei fazendo uns amigos novos muito legais, outros nem tanto, mas eu só descobri bem depois...

Eu sempre gostei de blogs e tinha o do Christian (um dos tais amigos feitos por conta da empresa), cuja caixa de comentários era um show independente do que fosse o assunto dos posts. Lá tinha o advogado da tal empresa, com comentários no mesmo nível e eu vi que ele também tinha um blog muito bem escrito. Óbvio, lá fui eu ler e comentar.
Tem uma parte da história que eu não consigo dizer certamente como aconteceu, mas eu sei que me juntei a uns outros amigos em uma pseudo-família, de bricadeirinha, e meio que do nada o tal do advogado virou meu “tio” (???)! Não tinha lógica nenhuma e chegava até ser uma história meio (leia-se muito) cafona, mas era tudo muito legal, era tudo muito divertido e eu tenho uma saudade desesperadora dessa época.
Nisso, passaram-se algumas visitas ao escritório com os meus “irmãos”, muitos posts comentados, inúmeros e divertidos convescotes no MSN, além de um monte de eventos da empresa...
E aí o escritório do advogado veio parar aqui em The O.C, apelido que ele dava pra Alphaville.
Eu achei legal, mas ficou por isso mesmo, até então. Eis que um belo dia precisou de alguém lá, e ele lembrou que tinha uma mina-“sobrinha” que morava perto. Lá fui eu (com as pernas meio tremendo de fazer reunião com o Capi), e lá estou eu até hoje. E eu acho que ele nem imagina o tanto de coisa que aconteceu comigo por causa disso. “Acho” não, ele não imagina, pois eu levaria todos esses anos que passaram contando. Uma vez eu quis falar um “muito obrigado”, mas não somos exatamente o tipo de pessoa que se comove com um ato desses e sim com entender isso no contexto da coisa, saca?!
Ah, eu não disse? Tem uma caralhada de coisa que ele é igualzinho a mim (deve ser a genética, afinal é meu “tio”), e outra caralhada que somos milimetricamente diferentes.
Aí uma hora ele foi tomar outro rumo, eu fiquei, e dá saudade, mas é bom. Tem épocas que a gente se fala sem parar, tem épocas que a gente só filosofa sobre a vida alheia, tem épocas que a gente dá umas férias na amizade (eu já falei aqui no blog sobre minha teoria de férias de amigos, hein?) e é assim mesmo que eu acho que tem que funcionar.
E nós um dia resolvemos montar um blog, pra poder escrever sobre nosso baixo nível de tolerância com as babaquices, psiquês e histórinhas das pessoas e do mundo.
E eu hoje, resolvi usar ele para dar parabéns pra um taurino aniversariante...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ah, o descontrole...

O e-mail mais legal da minha semana foi horrível. Sim, porque foi uma coisa mais ou menos como "Estou muito puto, desapontado como não fico há tempos, frustrado, blá blá blá...." Ou algo do tipo.
E foi o e-mail mais legal da semana. Porque é veio de alguém que raramente faz isso. Daquele tipo de pessoa invejada pelos outros por sempre ter uma boa resposta, ou uma boa solução. E tá aparentemente, sempre bem, enquanto os outros estão se descabelando de nervoso. E eu detesto gente inabalável. Gente que sempre tem uma razão, uma palavra sábia, um pensamento reflexivo para contornar as coisas chatas que acontecem com a gente. Fiquei tão feliz de ver que essa tal pessoa também pode ser um pouco descontrolada.

Detesto gente que não surta. Essa gente perfeita, que domina as próprias emoções e nunca passa do limites. Até porque, pouco acredito nessa espécie. Acho que nem existe. Tanto autocontrole no mínimo esconde alguma frustração, um passado negro, sei lá, qualquer coisa. Gente sem crise me gera desconfiança.

Gente de verdade tem defeito, fica puto, grita, tem vontade de matar. Gente de verdade tem crise de choro, xinga as pessoas, fica magoado. Gente de verdade surta, perde o controle. E isso é bom! É bom, pois passa e deixa a gente mais forte. E se sentindo mais "de carne e osso".

domingo, 1 de maio de 2011

Vou te contar, viu...

Homens, por maior que seja a dor, nunca reclamem de chute no saco. Vocês não sabem o que é sofrimento. Nada, nada mesmo é pior na vida que possuir uma mente feminina. Sim, nós sofremos com ela. Muito. Muito mais que uma dor aguda, suponho que deva ser horrível, mas uma hora passa.
Agora imaginem, carregar em si mesmo o tempo todo uma caixa craniana cruel, que maquina, imagina e conclui as sinapses mais maldosas consigo própria possíveis?! Pois é assim que funciona estas mentes perturbadas.

Pensamento linear é algo com que nós não trabalhamos, esses que vocês adoram. Nós invejamos. Não nos atemos aos fatos, definitivamente. Isso é muito pouco. Tem sempre mais espaço para pensar no "E se...", no "Mas..." e no "Tenho certeza que não é bem assim...". E todas nós deveríamos ganhar dinheiro com isso, pois se tem uma coisa que predomina, é a criatividade. Como somos criativas e capazes de criar histórias e possibilidades e dúvidas e certezas absolutas. Impressionante. O que os olhos não veem, nem sempre o coração sente, mas certamente a cabeça imagina. Com riqueza de detalhes. E dos mais sórdidos, pode apostar.

Fora aquele tal daquele sexto sentido. Ô trem chato. Preferia que minha parte viesse em cólicas menstruais, que são resolvidas com um Buscofem. Mas não... é aquele pica-pau chato, cutucando você, até que resolva criar uma paranóiazinha básica. Pois é o que fazemos de melhor. Sexto sentido na verdade, só serve para antecipar que você vai se foder no final, e começar a sofrer antes. Já viu a "intuição feminina" intuir coisas boas? Uma em um milhão, o resto é tudo vale-pica.

Talvez na próxima encarnação eu queria vir um homem gay, porque gostar de mulher também não deve ser fácil, mas ser uma é pior ainda.