quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Por filhos da puta de respeito!

Parece meio estranho e pouco correto, mas eu admiro as pessoas que são filhas da puta.
Não to dizendo gente que é “meio” filho da puta, que faz uma filhadaputagem ou outra, aqui e ali para se dar bem em cima dos outros. Esse eu acho um baita de um filho da puta mesmo! Tô falando de filhos da puta psicopatas, gente que é assumidamente cuzona, que possui como propósito na vida foder a vida dos outros e assume e vive isso!
Sem entrar no mérito das atitudes, eu acho isso admirável. Bater no peito e abraçar a responsabilidade – e o poder – de foder o que ou quem você acha que deve, e viver bem com isso.
E desculpa pessoas que acreditam em um mundo melhor: eles existem. Existem, estão aí por toda parte, na sua família, na sua empresa, ou namorando com você. E você não pode fazer nada contra isso. Essas pessoas não são filhas da puta à toa, isso envolve um poder conquistado por um trabalho de anos, e com certeza eles também já foram muito fodidos na vida, para chegar no “patamar” que chegaram. E como são psicopatas, encostam a cabecinha no travesseiro e dormem tranqüilos, pensando na próxima ação. Se essa abstração de qualquer sentimento humano não for admirável, eu não sei mais o que é.
Por outro lado, abomino os “meio filhos da puta”. Esses filhos da puta “de bom coração”, sabe?! E putz, esses estão em tooooodos os cantos.
Pior tipo de pessoa, que manipula, engana e mente a troco de ganhar alguma coisa em cima de alguém, achando que possui poder para isso. Mas não tem, por isso precisa fazer tudo isso, senão era só ir lá e foder os outros, como os fdps respeitáveis. O tipo de pessoa faz uma baita traição/filhadaputagem e depois diz “mas a intenção não era magoar ninguém!”. Oi??? Estes, por mim, queimariam no mármore do inferno, sofrendo bastante.  
E nós, mortais bobões, caímos na conversa desses filhos da puta de merda vez ou outra. De diversas maneiras. As mulheres sobretudo, sentimentalmente. E eis a pior sensação do mundo: ser “fodido” por uma pessoa quem nem competência para isso tem. E você sabe disso.
 Em 2012 meu desejo é só me foder por quem merece respeito.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Adolescência Materna

Eis um fenômeno muito comum na atualidade, e em todas as atualidades, de todos os tempos ao que parece. A adolescência materna. Os filhos crescem, tomam o rumo de suas vidas – ou ao menos seguem tentando – e abandonam em casa mães no auge da puberdade da maturidade. Antes dependentes e indefesos, agora sabem o que querem, fazem tatuagens, sexo e ganham o próprio dinheiro. Claro, o vínculo sentimental nunca morre, mas como “bicho homem”, de repente os filhos estão quase equiparados aos pais.
Elas, as mães, ao perceberem que estão perdendo o controle da situação – mesmo que tivessem sido avisadas disso, todos os dias, durante mais ou menos os vinte anos anteriores – começam aquela história de Síndrome do Ninho Vazio e com isso entram em um processo árduo e automático de “adolescentinização”, que pode durar muito mais que uma puberdade “normal”.
Há duas opções comportamentais: As “rebeldes sem causa”, que resolvem ser eternamente jovens e modernas. Se divorciadas, certamente irão fazer uma tatuagem maior que a sua, pintarão o cabelo de loiro platinado ou irão querer pegar os seus amigos. Ou vão até achar os seus amigos velhos demais para elas. Irão para mais baladas que você aos vinte e poucos anos, e acharão o máximo se você for meio porra-louca. Aliás, elas sempre irão querer ser mais que você, parecer mais jovens que você, mais independentes que você. Mostrar que a sua independência será sempre menos livre que a dela. Mas em geral, essas mães têm filhos bastante caseiros, tranquilos, de namoros longos, que não se importam com porra-louquice. Ou filhos “nerds”, que morrerão de vergonha quando estiverem com algum amigo em casa e ela chegar meio bêbada, de make up borrado, com a sandália na mão.
E há as “problemáticas”, tradicionais. Estas, vão se achar feias, gordas, solitárias, etc. Baterão a porta do quarto quando vocês brigarem, quebrarão coisas quando estiverem nervosas, como se estivessem em uma cena de novela (Porque elas acham mesmo que estão). Farão birra, biquinho, beicinho, chorinho – e toda a gama de “inhos” que houver (Muitas vezes você ficará esperando a hora dela “sapatear” ou se jogar no chão, como uma criança mimada). Dirão “Você não me entende! NINGUÉM me entende!”. Acharão que o mundo é uma grande conspiração contra elas. Chorarão pelos motivos mais banais, jogarão a culpa do mundo em você e farão todo tipo de chantagem emocional para conseguir o que querem e/ou te deixar com a sensação de que a culpa é mesmo sua de ter crescido e se tornado independente.
Seja lá por qual adolescência a mãe tenha escolhido passar, o importante é entender que é uma fase – mesmo tendo vontade de torcer os pescoços delas por muitas vezes - e que, na pior das hipóteses, passará quando ela tiver netos. Afinal, alguém voltará a depender dela de alguma forma. Então, se você é filho de uma mãe adolescente, é melhor apressar os bebês da família!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Você não merece, Clarice.

Em tempos de internet para todos, a inteligência tem ficado para poucos, infelizmente. Atualmente eu “trabalho com internet” (acho tão pretensioso falar desse jeito, mas é esse o fato), mais precisamente com mídias sociais (mais pretensioso ainda, mas enfim...), então  também faz parte do meu trabalho ser uma bisbilhoteira profissional do “perfil alheio”.
Em tempo, antes do meu julgamento assumido nos próximos parágrafos: Devo confessar que nunca fui uma conhecedora exímia da literatura em geral. Gosto de leitura fácil e quase “boba”, tenho lá os meus autores – todos contemporâneos – e sou meio “fechada” com eles. Fora essa coisa de ter “fases”: posso matar um livro em uma semana ou carregá-lo na cabeceira por meses ou anos.  Depende do mood.
 Mas eu respeito para cacete quem é “da literatura”, quem manja, quem conhece grandes autores, quem sabe de literatura internacional. Mega respeito. Juro. Só não é para mim, e eu reconheço isso.
Retomando, nessa história de internet, Google, Facebook e tudo mais, estes pobres autores tão inteligentes, tão tradicionais, caem na “boca do povo”, graças ao “escritor” Google. E aí fudeu né, perde-se o controle. Vira festa, vira Brasil. Acabou. (Sim, eu sei que tem até seu valor isso, mas não vamos discutir isso agora, ok?)
 A coisa fica incoerente, quando a pessoa é capaz de redigir um texto escrevendo “concerteza” e “agente” (significando “nós”) ao mesmo tempo em que cita Fernando Pessoa e Dostoievski no seu status.  Pra falar de hoje em dia, esta mesma pessoa atribuir a autoria de um texto da Tati Bernardi ao Pedro Bial ou ao Arnaldo Jabor, só porque deu um “Control+C” errado. 
Quer um conselho? Antes de dar o “Control+V”, pense se você “orna” com a tal frase do citaçõesonline.com, ou se você está mais para recitar algo tipo “Batatinha quando nasce...”
Por que desculpa caro(a) amigo(a) de Facebook, que faz citações inteligentes da Clarice e o escambau, enquanto envia e-mail para um cliente escrevendo “naum”, eu não te respeito.  Nem eles, especialmente os mais renomados e antigos, que devem estar fazendo loopings em seus túmulos a cada ignorante que toma para si suas frases.  
Porque, na boa, a Clarice não merece.

domingo, 16 de outubro de 2011

Guardados

Resolvi fazer uma limpeza nas minhas coisas antigas, abri uma gaveta e encontrei você. Tomei um baita susto, afinal, eu jurava que eu já tinha te jogado fora há muito tempo. Talvez junto com aquelas roupas antigas que eu doei, quando os móveis da sala foram trocados ou quando eu dei um fim naquela minha papelada toda da época de faculdade.

Mas não, você estava lá, paradinho na minha gaveta. Abri uma porta de armário e outro susto, tinha você de novo.

Achei engraçado, uma coisa meio aquela música da Adriana Calcanhoto que eu amava cantar na “sua época”, que ainda tinha você na sala e tal. E olha que louco, dessa vez tinha você mesmo dentro de um livro! Quem diria, você em livros! Mas quem mandou você ficar aí? Não fui eu que botei! Lembro bem, eu juntei todos os caquinhos que você deixou de você mesmo, e joguei tudo fora daquela vez, e daquela outra, e daquela terceira também! Agora, forças sobrenaturais te refizeram e te espalharam pelos meus “guardados”? Tem que ver isso aí, porque tá errado!

Veja bem, você não combina mais com a decoração da casa. Não combina mais com minhas roupas de cama, eu troquei tudo depois que você foi embora, porque seu gosto era muito duvidoso. Não que eu tenha essas coisas de classe social, sabe? Mas você é meio, sei lá, “povão” demais pra mim. Sem querer ofender, claro. Você não deveria estar mais entre os meus cds, afinal você sempre foi mais “samba e pagode” e não tem nenhum desse gênero aqui. O mais perto disso que eu cheguei na vida foi um carnaval em Salvador. E sem você.

Você não combina com os meus gostos, com os meus amigos, com as viagens que eu quero fazer. Você não combina com a minha rotina e eu, depois de te guardar aqui nesses armários, tenho certeza absoluta que já te joguei fora antes. E vou jogá-lo de novo e quantas vezes forem necessárias, junto com esses cacarecos velhos que ficam perdidos pelos armários da gente. Coisas que definitivamente, não combinam mais com o ambiente da minha vida.

Então me responde: Que diabos você tá fazendo aqui ainda???

domingo, 9 de outubro de 2011

Comédia - depois - Romântica

Assisti um filme hoje em que a mocinha - típica jovem com problemas amorosos e frustrações vindas da infância - dizia que queria que as coisas na vida dela acontecessem como em um filme. E aconteciam. Como uma comédia romântica, assim como era o filme em questão.

Amigos, que faziam sexo casual e se apaixonaram. Perfect! E no final tinha tudo aquilo que eles mesmo tiram sarro durante a história: Os dois percebendo que se amam, casualmente se encontrando, a sonoplastia para o encontro do casal, a declaração dos dois se reconciliando, o beijo apaixonado, o final feliz. Tinha até um flashmob só para ela! E depois uma música pop sem conexão alguma com a história termina o filme e você vai embora feliz. 

E ninguém sabe o que acontece depois. Devia ter um filme, que contasse o pós das histórias fofas de amor. Será que esses casais de comédia romântica casaram?  Brigaram? Jogaram a toalha molhada em cima da cama? Trairam? Tiveram filhos? Ficaram sem grana? Foram embora pra Brasília com os gêmeos, tipo aquela música do Eduardo e da Mônica? A mocinha acorda descabelada e de TPM alguns dias do mês? O galã para de treinar e fica com barriga de chopp? Que música o sonoplasta escolheria para o depois do fim?

Todo mundo quer uma vida de comédia romântica. Fofa, mas com algum conflito para não ser monótona, que se resolva sozinho depois. E pronto. Felizes para sempre. Todo mundo quer, eu quero. E aí vira um eterno "desejar", porque não tem. O filme da nossa vida é de outro gênero. E eu acho que quem deveria dirigir era o Woody Allen.

Talvez você se apaixone pelo galã do sexo casual. Mas ele só vai querer te comer e no máximo se tornar seu brother. Talvez você sofra com isso. Talvez você conviva com isso. Talvez você mande o galã pra puta que pariu ele. Talvez você desista desse e encontre outro, e outro, e outro.

Você não vai acordar bonita e maquiada e possivelmente, nem ter seu próprio apartamento. Seu emprego não vai ser exemplar. Mas ele pode até ser divertido. Nem você vai superar seus traumas com a sua família. Você vai afogá-lo mais e mais junto com os outros bloqueios emocionais que você esconde. Ou vai resolver na terapia.

E vai continuar a assistir a mil comédias românticas. Rir assistindo, chorar assistindo. Chorar muito na TPM assistindo. Sonhar assistindo, pensando porque a sua vida não é daquele jeito. Mas sabendo que no fundo, ela nem deveria ser mesmo.

domingo, 11 de setembro de 2011

3 minutos

Ela foi na cozinha, domingo, já quase meia noite. Resolveu fazer um Miojo, enquanto fazia os planos para a semana. Engraçado como nesses momentos mais banais, a cabeça resolve pensar na vida. Olhou bem a cozinha, os azulejos e pensou como tudo aquilo era legal. A casa, os planos, o Miojo. Deu uma risada, agradecida pela vida. Tinha essa mania, de sempre querer dizer coisas legais para as pessoas em horas estranhas.

E viu o quanto a vida dela era legal. Teve vontade de abraçar pessoas, agradecer, retribuir tudo que já fizeram de bacana por ela. Mas as 23h55? Lembrou que tá cheia de problemas, que sua vida amorosa estava uma coisa digna de risadas de tão patética e a sua conta bancária digna mesmo era de lágrimas. E achou tudo isso muito interessante. Acho que ela gosta mesmo da vida que leva, até mesmo dos problemas engraçados que ela tem.

Lembrou o tanto que havia chorado no último final de semana, mas não se arrependeu, mesmo que não tenha sido merecido. Porque aquilo tudo foi bom pra alguma coisa. E continuava sendo. Embora ela não seja nada, nada Pollyanna, ela achava que quase tudo tem seu lado bom. Pensou em tudo de interessante que viria nos próximos dias. E tudo de difícil também. Achou bom de novo. Gostou mesmo. Deu o tempo, o Miojo ficou pronto. E ela teve uma única certeza: a vida poderia ser um pouco mais fácil, mas ela já é bem boa.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Era feliz e eu sabia

Outro dia me perguntaram qual foi o dia mais feliz da minha vida e eu não sabia ao certo responder. Nem se isso era bom ou ruim. Fiquei na dúvida se era legal por eu ter pensando em vários momentos, ou se nenhum deles foi tão intenso assim para marcar dessa forma.
No final, acabei achando legal, pois lembrei de pelo menos uns cinco dias diferentes, que eu fui feliz pácaralho, e não tive coragem de eleger só um. Talvez quando se tenha filhos, seja mais fácil determinar o clichê de que o nascimento é o dia mais feliz, mas como eu não tenho ainda, me dei o benefício da dúvida. Além disso, fiquei pensando "E se eu tiver mais de um filho, como faz?"

Não acredito nessa coisa de "fui feliz e não sabia". Eu sempre soube. A gente sempre sabe. É que cada "feliz" é diferente do outro. Muda de fase, muda o "estilão" da felicidade. E nem precisa isso de ser feliz o tempo todo. Isso é chato. É bom não ser feliz as vezes. Estou feliz hoje, mas sei que já fui mais, muito mais e também menos, muito menos. E não há pecado nisso.

Visitei um lugar hoje, onde eu fui top of the tops de tão feliz. Tipo, difícil de bater. Com as pessoas, com o trabalho, comigo mesma, com tudo. E eu sabia. Sabia que dificilmente eu seria tão feliz em outro lugar. Não que eu não seja feliz hoje. Eu sou. Mas como eu disse, é feliz diferente.
E saí de lá bem feliz, de saber o quanto eu fui feliz. E sabia.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Do trabalho pra casa, da casa pro trabalho

Devo ser capricorniana demais, fria demais, sem coração demais, mas tem certas coisas que minha pequena mente não consegue processar e parece normal ao senso comum.

Tipo essa coisa de confundir trabalho com relacionamentos. Qualquer tipo de relacionamento. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Veja bem, não estou dizendo "misturar", e sim confundir mesmo. Nem muito menos estou dizendo que as coisas devem acontecer separadamente, essas paradas de "onde se ganha o pão não se come a carne", nada disso. Até porque, eu também como a carne, o pão, tudo ao mesmo tempo! A vida é uma só, e as vezes a gente acaba convivendo tanto com o ambiente de trabalho, que as coisas vão acontecendo ali mesmo, amigos, amores, burradas. Tudo.

Agora, o que não rola é uma coisa pesar na outra. A pegação virar proteção. A briga dos brothers virar picuinha. A promoção da amiga virar motivo para cara feia. O amor descomunal ser razão de dar aquela "facilitada" no trabalho. A carcada do chefe virar mágoa eterna no churrasco do final de semana.
Desculpa amor, pode me chamar de sem coração, mas eu não vou facilitar pro seu lado só porque a noite foi ótima. Nem muito menos porque nós somos amigas de infância. Sejamos profissionais. É foda, eu sei. Mas a gente pode pelo menos se esforçar? Depois a gente sai pra tomar uma cerveja.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ah, o mau humor matinal...

E aí o Duda acordou, eu já tava pra lá da segunda hora envolvido com – perdão pela ironia/coincidência – a “duração da jornada de trabalho”, quando pedi pra ele falar bom dia.

- Papai, vou tomar o meu gagau (mamadeira em famíliadalaurês), depois eu falo bom dia, não conversa comigo…

E aí eu fiquei pensando nessas pessoas que propagam possuir um mau humor insuportável pela manhã, e de vez em quando dizem “só conversem comigo depois das 10 da manhã”. Ok, beleza, só acho que isso aí não é muito verdade. Ou melhor, funciona só com subalternos ou pessoas na mesma horizontalidade que você, corporativamente falando. Sim, pois se o seu chefe te chamar na sala dele às 8 em ponto, você vai estampar o maior dos sorrisos e emanar simpatia por todos os poros. Sim, tática da sobrevivência, compreendo, eu também faria o mesmo. Mas isso aí desmascara o tal do mau humor matinal, que acaba sendo apenas uma justificativa pra ser escroto.

Sim, é tudo o que a gente quer. Conversar só com quem a gente tá a fim, olhar pra cara só de quem vale a pena e assim por diante. E aí, alguém inventou que esse negózdi mau humor de manhã é quase uma atenuante. É que essas pessoas normalmente são mal humoradas o dia inteiro, mas de manhã parecem ter uma justificativa legal pra exercer a escrotidão.

Por outro lado, sei que vai parecer incoerente mas tudo bem, se existe aquele ser execrável que distribui coices desde o primeiro minuto do dia, qual é a sua necessidade de ir lá exigir dele um “bom dia” de animador de buffet infantil? Pensou nisso?

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Autor desconhecido

Essa tal dessa internet é mesmo uma coisa engraçada. Apesar de ser da turma precursora da geração Y, confesso que sou meio "velha" as vezes, e me surpreendo ainda.
Preciso confessar, aprendi hoje, só hoje, o significado da expressão "trollar". E quer saber, nem ligo, sou meio old school mesmo, apesar de hoje em dia ser daquela turma que diz que "trabalha com web". Eu trabalho com ela, mas tô tentando não ser escrava, deixa pelo menos meu vocabulário ainda ser a moda antiga, vai?!
Mas essa internet é tão doida, que troca a personalidades das pessoas de graça. Estou eu vasculhando o Face, quando encontro postado o texto que segue abaixo (genial, aliás), e dizia que a autoria era do Luis Fernando Veríssimo. Oi? Mas eu conheço essa linguagem, e não é a dele!
Obviamente, era da minha "eu versão escritora" Tati Bernardi, li duas linhas e sabia. Mas aí você dá um "google" (olha lá meu vocabulário sendo corrompido!) no texto e tá lá o Luisão, dominando a autoria. E é isso que dá medo. Um texto seu na internet vira sem dono, sem pai, sem mãe. E sabe Deus na mão de quem vai cair... mas eu acho que a gente continua escrevendo só porque gosta de correr um risquinho, né?

By the way, eis o texto. Antigo inclusive, mas oportuno como sempre. Afinal, é da Tati!

"DAR NÃO É FAZER AMOR
Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem
esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.

Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar
o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
"Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.

Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar

(...)
Experimente ser amado... (Tati Bernardi)"

terça-feira, 5 de julho de 2011

Só para registrar.

Reli agora um texto, do aniversário de 5 anos de morte do meu pai, onde eu recapitulei, todos os momentos que eu lembrava do pré e pós morte dele. Detalhe por detalhe.

E que bom que eu gosto de escrever. Registrar é importante. Hoje fazem nove. E ler é bom pra relembrar, porque esse tipo de experiência não deve ser apagada, por mais dolorida que seja. É bom para relembrar que, por exemplo, eu continuo com a mesma sensação de não saber ao certo se parece que foi ontem, ou se parece que tem muitos e muitos anos. E com o passar do tempo a memória falha, os detalhes se perdem.

É aquele tipo de coisa que dói mas é bom, se é que você me entende. Porque eu li o texto novamente hoje e fiquei feliz. Muito feliz mesmo. Feliz de ler que quem estava lá me apoiando ainda está na minha vida. Feliz de ter sido firme o bastante na época. Feliz porque eu sempre achei meu pai tão, mas tão foda, que eu acho que até a morte foi feita de uma maneira inteligente e pensando sempre em nós, antes dele mesmo (é uma longa teoria, mas que faz sentido). Como sempre foi. Feliz porque se não fosse isso, exatamente naquele momento, o "susto" nunca viria, e eu não teria crescido tão forte. Eu não seria um terço do que eu sou hoje. É meio engraçado alguém ficar feliz em um aniversário de morte.
Mas foi isso que eu fiquei, feliz porque eu tive um pai incrível, que mesmo indo embora logo me fez ser uma pessoa muito melhor.

E é por isso que é importante registrar. Pra não perder. Para saber de onde vem as coisas. E que eu guarde esse texto dos nove anos de morte, para daqui sei lá quantos, eu relembrar que qualquer coisa que eu seja, aconteceu por causa dele.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O melhor dos dois mundos

Terra do Nunca é aquela ilha da história do Peter Pan, um lugar fictício onde as pessoas não envelhecem. Um universo a parte, uma fuga da realidade. Eu costumo acreditar que na nossa vida vira e mexe aparecem umas Terras do Nunca no caminho para nos “enganar”. Seja lá que grupo for, é aquela coisa toda que parece encantadora a ponto de ser muito melhor que o restante todo.

Na Terra do Nunca as coisas são legais e fazem muito bem pro ego, na Terra do Nunca todo mundo é bonito e simpático. E se ama. E fala a verdade. E quer seu bem. A Terra do Nunca sempre é um lugar muito tentador. E emocionante. Afinal, lá você será sempre jovem! Não poderia ter coisa melhor. E de fato é verdade, a Terra do Nunca é sempre um puta lugar legal. Eu já estive por lá, e frequentemente eu volto.

Acontece que o triste é que as vezes as pessoas caem lá e perdem completamente a identidade. Se tornam meros “Nunquistas”, que só falam assuntos nunquistas e tem preocupações nunquistas, como qual a maneira de conquistar mais “barras de ego” (um dos primeiros posts desse blog foi sobre isso, lembram?) ou coisas assim. Aí você se torna um Nunquista legítimo e abandona toda sua “realidade” em prol de não crescer nunca.

Sabe o que acontece? Um dia o Peter Pan enjoa de você e te bota pra fora da Terra. E aí? Aí você perdeu a identidade, a ocupação, todos os amigos, a família, não tem mais assunto pra conversar e descobre que precisa envelhecer, mas ficou tão por fora de tudo isso o tempo todo, que não sabe como. Eis o castigo, ficar no “limbo” do Nunca!

Por isso, é preciso muito controle e sabedoria. É preciso saber transitar nos dois mundos! Pois o Mundo Real não tem tanto glamour e talvez não tanta diversão, mas é REAL. É de carne e osso. Existe. As pessoas envelhecem e mudam de verdade, e acreditem: isso é bom! As pessoas nem sempre são tão legais assim e isso também é bom! Porque é verdadeiro!

O segredo é conseguir ir e voltar dos dois mundos, se manter jovem de espírito e envelhecer de corpo, ao mesmo tempo. Se divertir, ser bonito e glamuroso, mas também ser de verdade e ter defeito. A Terra do Nunca e o Mundo Real quando visitados na freqüência correta, proporcionam pra gente o melhor dos dois mundos!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Chorinho do Patrão

Na minha pequena experiência como EMPREGADOR, me caracterizei por ser rigoroso com oS horárioS. No plural, ou seja, de entrada e saída. Porque virou moda isso de querer que seu empregado trabalhe mais do que o combinado. E sem receber nada a mais por isso. Dão até nome pra isso, uns chamam de COMPROMETIMENTO, outros de DEDICAÇÃO, bullshit!

O nome disso é TRAPAÇA. Me sentiria igualmente irritado se, ao final do mês, tendo trabalhado as 220 horas regulamentares, minha empregada pedisse para eu pagá-la mais do que o combinado. Em poucas, esporádicas, excepcionais e justificadas ocasiões, precisei que ela trabalhasse um pouco além do combinado, mas foi devidamente remunerada pra isso, depois de ter sido consultada se poderia ficar além do tempo.

Porque é assim que funciona! Ninguém é dono de ninguém, a escravidão acabou e não é o fato de alguém te pagar pelo seu trabalho que pode ser dono da sua vida! Do seu happy hour de sexta feira, do seu sábado de feijoada, do direito de dormir sem ter hora pra acabar no domingo, tudo isso tem um preço, e quando a gente deixa de ter direito a isso, estamos simplesmente sendo roubados. Aliás, eu tenho certeza que jamais seria um "bom patrão", porque sei bem o valor da "vida lá fora", não tenho e não terei, nunca, a ilusão de que o trabalho pode ser mais prazeroso que um episódio de Shit My Dad Says ou de umas risadas na mesa de boteco falando sobre enfiar o pinto no suvaco de alguém. Eu consigo entender perfeitamente alguém que prefere fazer bosta nenhuma em casa ao invés de trabalhar, e olha que eu já trabalhei em alguns lugares verdadeiramente incríveis!

O certo é assim: eu trabalho OITO HORAS por dia, você me paga o que tá escrito no hollerith. Se precisar que eu fique mais, pergunte antes se eu posso, e a gente combina. Fora isso, todo esse seu papinho aí me lembra bêbado em bar pedindo uma dose de conhaque pro garçom e depois de servido, pergunta pelo "chorinho". Não tem chorinho, tem respeito à sua dose, quer beber mais? Compre outra dose, ou seja, contrate mais gente. Que o meu sangue você não vai beber não, é envelhecido 38 anos, vale ouro!

terça-feira, 7 de junho de 2011

E agora, José?!

Foi assunto de um almoço com o pessoal da empresa esses dias uma coisa meio: eu quero estar aqui, mas eu também não quero, mas eu também quero um monte de coisas ao mesmo tempo que eu não sei o que eu quero. Sabe? Não? Mas é isso.

A grama do vizinho é mesmo mais verde que a nossa. Não, não me venha com esse papo de dar valor para o que se tem, pois isso eu já sei e já dou. Sou muito grata a tudo que tenho, todos que tenho e tudo que fiz. Sem dúvida alguma, posso dizer que além de uma certa competência, tenho uma sorte (toc, toc, toc) danada, pois até mesmo as coisas ruins da minha curta vida aconteceram em prol de alguma outra coisa boa.

Mas acontece que nunca é "só isso". Esse negócio de possibilidades enlouquece a gente, eu acho. Ver tanta gente, fazendo tantas coisas. Mesmo sabendo que elas também devem olhar para você de vez em quando e pensar a mesma coisa.

Afinal, eu poderia estar aqui e feliz, como de fato estou. Mas eu também poderia largar tudo e ir abrir uma pousada em Itacaré, ou ir trabalhar num bar em Londres, ou me enfiar num navio em Cozumel, ou estudar moda em Nova York, ou comprar um apartamento em Puerto Madero, ou só trocar o colchão e reformar meu quarto. Porque eu sinto mesmo vontade de fazer tudo isso, mas eu ainda não tive a sorte de ganhar na loteria, afinal só assim eu poderia fazer tudo com um grau mínimo de conforto, sem precisar me preocupar em "construir" nada!

E ao mesmo tempo, eu não sei se eu queria mesmo... Itacaré pode ser quente demais, eu posso enjoar no navio, ou achar os ingleses sem graça demais, e de repente não conseguir conviver com a correria de NY ou o atendimento ruim dos argentinos sem educação. Vai ver aqui é melhor mesmo, mas aí... como é que eu vou saber?

O que parece na verdade, é que fizeram a vida curta demais, para o tanto de possibilidades que ela tem. Definitivamente, não dá tempo de fazer tudo. E ó... vou dizer que escolher não anda nada fácil!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Pra não dizer que eu nunca te dei nada...


Isso tem sei lá quantos anos, acho que uns 5 ou 6, fiz um “curso” em uma empresa e acabei fazendo uns amigos novos muito legais, outros nem tanto, mas eu só descobri bem depois...

Eu sempre gostei de blogs e tinha o do Christian (um dos tais amigos feitos por conta da empresa), cuja caixa de comentários era um show independente do que fosse o assunto dos posts. Lá tinha o advogado da tal empresa, com comentários no mesmo nível e eu vi que ele também tinha um blog muito bem escrito. Óbvio, lá fui eu ler e comentar.
Tem uma parte da história que eu não consigo dizer certamente como aconteceu, mas eu sei que me juntei a uns outros amigos em uma pseudo-família, de bricadeirinha, e meio que do nada o tal do advogado virou meu “tio” (???)! Não tinha lógica nenhuma e chegava até ser uma história meio (leia-se muito) cafona, mas era tudo muito legal, era tudo muito divertido e eu tenho uma saudade desesperadora dessa época.
Nisso, passaram-se algumas visitas ao escritório com os meus “irmãos”, muitos posts comentados, inúmeros e divertidos convescotes no MSN, além de um monte de eventos da empresa...
E aí o escritório do advogado veio parar aqui em The O.C, apelido que ele dava pra Alphaville.
Eu achei legal, mas ficou por isso mesmo, até então. Eis que um belo dia precisou de alguém lá, e ele lembrou que tinha uma mina-“sobrinha” que morava perto. Lá fui eu (com as pernas meio tremendo de fazer reunião com o Capi), e lá estou eu até hoje. E eu acho que ele nem imagina o tanto de coisa que aconteceu comigo por causa disso. “Acho” não, ele não imagina, pois eu levaria todos esses anos que passaram contando. Uma vez eu quis falar um “muito obrigado”, mas não somos exatamente o tipo de pessoa que se comove com um ato desses e sim com entender isso no contexto da coisa, saca?!
Ah, eu não disse? Tem uma caralhada de coisa que ele é igualzinho a mim (deve ser a genética, afinal é meu “tio”), e outra caralhada que somos milimetricamente diferentes.
Aí uma hora ele foi tomar outro rumo, eu fiquei, e dá saudade, mas é bom. Tem épocas que a gente se fala sem parar, tem épocas que a gente só filosofa sobre a vida alheia, tem épocas que a gente dá umas férias na amizade (eu já falei aqui no blog sobre minha teoria de férias de amigos, hein?) e é assim mesmo que eu acho que tem que funcionar.
E nós um dia resolvemos montar um blog, pra poder escrever sobre nosso baixo nível de tolerância com as babaquices, psiquês e histórinhas das pessoas e do mundo.
E eu hoje, resolvi usar ele para dar parabéns pra um taurino aniversariante...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ah, o descontrole...

O e-mail mais legal da minha semana foi horrível. Sim, porque foi uma coisa mais ou menos como "Estou muito puto, desapontado como não fico há tempos, frustrado, blá blá blá...." Ou algo do tipo.
E foi o e-mail mais legal da semana. Porque é veio de alguém que raramente faz isso. Daquele tipo de pessoa invejada pelos outros por sempre ter uma boa resposta, ou uma boa solução. E tá aparentemente, sempre bem, enquanto os outros estão se descabelando de nervoso. E eu detesto gente inabalável. Gente que sempre tem uma razão, uma palavra sábia, um pensamento reflexivo para contornar as coisas chatas que acontecem com a gente. Fiquei tão feliz de ver que essa tal pessoa também pode ser um pouco descontrolada.

Detesto gente que não surta. Essa gente perfeita, que domina as próprias emoções e nunca passa do limites. Até porque, pouco acredito nessa espécie. Acho que nem existe. Tanto autocontrole no mínimo esconde alguma frustração, um passado negro, sei lá, qualquer coisa. Gente sem crise me gera desconfiança.

Gente de verdade tem defeito, fica puto, grita, tem vontade de matar. Gente de verdade tem crise de choro, xinga as pessoas, fica magoado. Gente de verdade surta, perde o controle. E isso é bom! É bom, pois passa e deixa a gente mais forte. E se sentindo mais "de carne e osso".

domingo, 1 de maio de 2011

Vou te contar, viu...

Homens, por maior que seja a dor, nunca reclamem de chute no saco. Vocês não sabem o que é sofrimento. Nada, nada mesmo é pior na vida que possuir uma mente feminina. Sim, nós sofremos com ela. Muito. Muito mais que uma dor aguda, suponho que deva ser horrível, mas uma hora passa.
Agora imaginem, carregar em si mesmo o tempo todo uma caixa craniana cruel, que maquina, imagina e conclui as sinapses mais maldosas consigo própria possíveis?! Pois é assim que funciona estas mentes perturbadas.

Pensamento linear é algo com que nós não trabalhamos, esses que vocês adoram. Nós invejamos. Não nos atemos aos fatos, definitivamente. Isso é muito pouco. Tem sempre mais espaço para pensar no "E se...", no "Mas..." e no "Tenho certeza que não é bem assim...". E todas nós deveríamos ganhar dinheiro com isso, pois se tem uma coisa que predomina, é a criatividade. Como somos criativas e capazes de criar histórias e possibilidades e dúvidas e certezas absolutas. Impressionante. O que os olhos não veem, nem sempre o coração sente, mas certamente a cabeça imagina. Com riqueza de detalhes. E dos mais sórdidos, pode apostar.

Fora aquele tal daquele sexto sentido. Ô trem chato. Preferia que minha parte viesse em cólicas menstruais, que são resolvidas com um Buscofem. Mas não... é aquele pica-pau chato, cutucando você, até que resolva criar uma paranóiazinha básica. Pois é o que fazemos de melhor. Sexto sentido na verdade, só serve para antecipar que você vai se foder no final, e começar a sofrer antes. Já viu a "intuição feminina" intuir coisas boas? Uma em um milhão, o resto é tudo vale-pica.

Talvez na próxima encarnação eu queria vir um homem gay, porque gostar de mulher também não deve ser fácil, mas ser uma é pior ainda.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Novos Artigos do Código de Trânsito - By Randas

1- Dirigir procurando endereço: Multa de 100 reais, 18 pontos na carta, e autorizada a colisão traseira, obrigando o infrator a indenizar o colidente-educador, que poderá optar por utilizar ou não o direito de dar 6 tapas na cara dele.

2- Parar para perguntar endereço: Multa de 200 reais e 25 pontos na carta.

Obs: Sério, em tempos de Google Maps, isso é inadmissível! E aí vem toda aquela conversinha de mulher, que os homens detestam parar pra perguntar, como se elas adorassem! O que elas querem é que A GENTE pare pra perguntar, não elas. Eu detesto! Não paro. Quando sou eu que saio de casa, tenho todo o caminho e rotas alternativas, até porque, todo mundo que aparece na hora em que você precisa perguntar um caminho parece idiota. Também não dou informação. Posso estar na esquina de onde a pessoa quer ir, mas digo que não sei. Cada um que corra atrás da sua melhora, Jão!

3- Colar adesivo da "Família Feliz" no carro: Multa de 500 reais, perda definitiva e irreveogável da carta, autorizada a colisão traseira obrigando o infrator a indenizar o colidente-educador, a quem será imediatamente subrogado o direito de aplicar quaisquer castigos físicos e psicológicos que entender cabíveis ao infrator. Caso necessário, o Governo Federal arcará com as despesas de tratamento para reconstituição do cerebelo, inserção de neurônios e aprimoramento das relações entre axiônio e dendrito.

4- Mulher tentando fazer baliza com carro tipo Eco Sport e Tucson ou similares:Autorizada a surra coletiva por todos os prejudicados no momento da infração, aplicada no marido que deu o instrumento da infração à esposa, corretivo edcucacional que deverá durar exatamente o tempo em que o trânsito ficou prejudicado pela imperícia da infratora.

Mulher é Chata

Resort na Bahia ou Cancun? Resort na Bahia, de prima! Sem nem conhecer Cancun.

É que eu sei que em Cancun tem sort of "vida noturna" e isso significa ter que por roupinha melhor e esperar mulher fazer maquiagem. Sim, sei que em algumas situações o lance da maquiagem é inevitável, só estou exercendo o meu quase irrelevante e ineficaz direito de escolha de local das férias, optando por um lugar em que não tem a opção"vamos num lugar em que você vai ter que botar uma roupinha melhor e eu vou fazer uma maquiagem".

É que eu tenho um certo problema com horário. No caso, costumo cumpri-los. E se você fala pra mim que algo vai demorar 5 minutos, pode ter certeza que no momento em que o ponteiro dos segundos rodar uma vez além das 300, eu já estarei alucinando. Eu odeio a sensação de ser enganado. Portanto, se demorar 15, 30 ou 50 minutos, me avise! Porque aí, eu sei o que dá pra fazer enquanto te espero. Se algo demorar 15 minutos e você disser que só vai levar 5, serão 10 minutos de azucrinação num nível randallesco, que ninguém é obrigado a suportar, a não ser quem diz que algo que demora 15 minutos só vai levar 5...

Sim, o problema de convivência com uma mulher é grande. Ao menos, no meu caso. Conheço gente que leva numa boa, conheço gente que nem percebe e conheço gente que vibra na mesma frequência - e normalmente, é aquele casal com quem você combina um horário e eles chegam uma hora e quarenta depois... mas são felizes e isso é o que importa! Sério, sem ironia, eu reconheço que seria infinitamente mais feliz se conseguisse simplesmente parar de levar a sério essas coisas e não pensar, quando me atraso, que estou sacaneando a outra pessoa, que poderia estar fazendo qualquer coisa mais interessante do que ME esperar.

Enfim, tenho 3 exemplos pra deixar claro o que é, realmente, uma mulher chata:

1- Precedente Bjorn Borg: Uma vez, eu li que o Borg iria leiloar os seus troféus, na hora pensei: "Casou com uma mulher chata". Sim, pois o que leva alguém a leiloar seus troféus, símbolos máximos da glória? Grana, sim, mas o cara não é o Garrincha, ele é SUECO, porra! Deve ter se prevenido. Por isso, penso numa cafoninha mais nova que chega na casa dele em Mônaco e diz, depois de casada, que é pra ele se livrar daquelas tralhas, como se fossem soldadinhos de chumbo.

2- Precedente Suporte de Cerveja: Vocês lembram daqueles suportes de cerveja em que você carregava por uma alça e cabiam 4 garrafas? Acho que na verdade, a parada era da Coca Cola, mas servia pra cerveja. Lembro que a gente estava na padaria em frente de casa e entrou um sujeito com um desses e três cascos de cerveja. Meu pai olhou e cravou: "Coitado, é casado com mulher chata..." Não alcancei o silogismo da parada, mas depois ele me explicou: "O trem serve pra 4 cervejas, ele vai comprar 3? Ninguém toma 3 cervejas num domingo! Deve ser casado com uma mulher daquelas que dão alvará, HOJE VOCÊ PODE TOMAR 3 CERVEJAS!" - Meu pai foi muito eficaz na análise, que faz todo o sentido. Mas a sua solidariedade indignada explica muito sobre os seus casamentos nunca terem durado mais que dois anos.

3- Precedente Dança de Salão: No caso, estou me referindo a pessoas com menos de 50 anos. Sempre me deprimo quando passo em frente a uma sala de ginástica utilizada para Dança de Salão e vejo um cara lá mais ou menos da minha idade... coitado! Esse aí, além de ser casado com mulher chata, ainda por cima foi pego aprontando alguma. Pois eu só aceito que um sujeito vá fazer aula de dança de salão se foi pego num flagra inegável, daqueles com batom na cueca e quejandos. Aí, arrependido, aceita tudo: terapia de casal, parar de fumar/beber/comer, tocar fogo na camisa 7 do título de 93, ir a show do Ney Matogrosso com a sogra (baseado em fato real) e se matricular em aula de dança de salão.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Quase

Palavras de Olivetto, o Washington:

"O acelerado processo de carnedevacalização da sociedade mundial, também conhecido como globalização do zé-maneísmo, fez com que, em vez de famosos por 15 minutos, conforme o previsto, muitos chegassem ao novo milênio vulgares e deslumbrados por várias horas, provocando o surgimento de um novo personagem no cenário social: O Quase."

Aí ele descreve mais ou menos que o Quase é quase-culto, quase-inteligente, quase-famoso, quase-rico e às vezes quase isso tudo simultaneamente, dando vários exemplos de como identificar um "Quase" como "O Quase assistiu Beleza Americana e Matrix, mas perdeu O Jantar, do Ettore Scola. O Quase brasileiro usa expressões em inglês, enquanto o Quase americano usa em francês. O Quase leu Alain de Botton, mas não leu Machado de Assis. O Quase desfila em escola de samba, mas não frequenta ensaios nem sabe a letra do samba, e aquelas notas 9,5 são culpa de um grupo de Quases reunidos numa mesma ala. O Quase admira o Bill Gates, mas não liga pro Steve Jobs."

Eu tenho outras formas de enxergar o Quase:

O Quase vai no show do U2 e nem sabe quem é Franz Ferdinand. O Quase sai do show do U2 direto pegar seu abadá do Chiclete de Asa pro carnaval de Salvador.O Quase ainda chama o Bono de Bono Vox.

O Quase quase não vai ao cinema, mas sempre assiste ao filme que ganhou o Oscar. O Quase é espectador assíduo de novelas, especialmente as da Glória Perez. O Quase gosta tanto de novela que quando sai um filme com cara de novela, com diretor de novela, e atores de novela, vai ao cinema assistir. O Quase acha que "2 Filhos de Francisco" representa a retomada do cinema nacional. O Quase não assiste filmes que não são falados em inglês. O Quase prefere ver filme dublado.

O Quase votou contrariado no Lula. O Quase se sente traído pelo Lula. O Quase votou pelo Direito Constitucional de portar armas.

O Quase vai ver O Fantasma da Ópera, mesmo tendo assistido em Nova York, mas não assiste a uma única peça que não tenha atores de novela. O Quase não sabe o que acontece na Praça Roosevelt, nunca colocou os pés lá. Mas o Quase vive dizendo que adora teatro!

O Quase não gosta muito de futebol, mas vê jogos da Seleção na Copa. O Quase discute futebol em época de copa. O Quase, obivamente, torce pro São Paulo, o time mais Quase do mundo! O Quase nunca teve um Kichute.

O Quase não lê, mas compra os livros do Paulo Coelho e aguarda ansiosamente a estréia do Código da Vinci (o filme) pra poder dizer que leu o livro. O Quase acredita em Auto Ajuda, Gnomos, Feng Shui, Pirâmides, e qualquer bobagem transcedental fundada na crença de que ninguém jamais perdeu dinheiro ao subestimar a inteligência do povo. O Quase é esotérico. O Quase pergunta seu signo.

O Quase preza estar de bem com todo mundo.

O Quase acha que a única música boa do Los Hermanos é Anna Julia. O Quase gosta de Jota Quest, o Quase metido a quero-ser-doidão-mas-minha-mão-não-deixa gosta de Charlie Brown Jr. O Quase politicamente correto, meio USP e engajadinho contra injustiças sociais, ouve Rappa. O Quase gosta da Maria Rita, mas nunca ouviu a Elis cantando Corsário ou Nas Asas da Pan Air. O Quase é eclético, adora dizer que ouve de tudo.

O Quase tem um único disco dos Beatles em casa: uma coletânea!

Cuidado, tem sempre um Quase perto de você.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Robertocarlosidades!

Você não gosta? Acha brega? Walking Defecation Process pra sua opinião, meu bródi, eu acho do caralho! E não num nível culpadinho como eu confesso que gosto de Claudinho e Bochecha não, eu gosto do Roberto Carlos, mas gosto de verdade! "Di cum força", como se diz na minha terra! E a sua vida, caro amigo que não gosta, deve ser triste.

Ou chata.

Ou assexuada... porque "usar meus beijos como açoite e a minha mão mais atrevida/ vou me agarrar nos teus cabelos, pra não cair do seu galope" numa música chamada CAVALGADA, na boa, fala aí? Quem trepa, gosta! Quem não trepa, prefere os intermináveis nanananananananana do Jota Quest. E não se esqueça, amigo: "Todo homem que sabe o que quer, e se apaixona por uma mulher, ele faz desse amor, sua vida. A comida, a bebida, na justa medida..."

E quem nunca ficou pensando na sua própria relevância em relação a outra pessoa? Que ela, mesmo tendo nos penabundeado, fica meio saudosa ao ver uma camisa do Palmeiras na vitrine do Shopping, ou um livro do Nick Hornby, sempre que passa "O Poderoso Chefão" na TV... quem não tem aquela esperança de que os "Detalhes tão pequenos de nós dois, são coisas muito grandes pra esquecer"?

Ainda na vibe do "e quem nunca...", posso confessar numa boa que "Outra Vez" é daquelas obras primas de fazer chorar. Sim, chorar de verdade! "Você foi, o melhor dos meus casos, de todos os abraços, o que eu nunca esqueci..."

Poderia ficar aqui fingindo de fazer tratado sobre o Roberto Carlos, hoje um mito decadente com seu cabelo de caveira cantando com duvidosas revelações do sertanejo universitário, mas prefiro dizer que "Das lembranças que eu trago na vida, você é a saudade que eu gosto de ter. Só assim, sinto você bem perto de mim, outra vez".

Foda, só isso.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Chega de saudade, a realidade é que sem ela...

E o meu caminho é cheio dessas... Essas pessoas que estão ali no canto, que passam meio despercebido as vezes... Essas que além do nome, você não sabe muita coisa. Mas você gosta. E não tem porquê, embora quase ninguém entenda isso.

Eu gosto e pronto! São tantos, e toda hora tem um indo embora, um mudando... Em geral, pra melhor. Ou é você que muda, que precisa sair e deixar a pessoa lá.

E quando é pro bem, a gente fica feliz, fica orgulhosa, sei lá, fica bem de ver o outro! Mas ele vai pra outro lado e você não tem tempo - nem espaço - de falar nada! Até porque... como chegar "se declarando" e contando toda a diferença que a pessoa fez pra você, se vocês se tratam meramente com um "Oi!"... é no mínimo estranho!

E são tantas as pessoas que não fazem a menor idéia de como "tudo" muda por causa delas, sem que elas nem façam nada... Chegam, passam, mudam tudo e vão embora sem imaginar! E sem saber como a gente fica agradecido. Eu queria esse "tempo" de conseguir falar "Obrigado" por aquela aula naquele dia, por aquela música daquela vez, por aquele comentário engraçado, por aquela visita no blog, por qualquer coisinha que ela tenha feito, que fez toda a diferença. E ter tempo de dizer que a sensação de alguém passar, marcar e muito provavelmente nunca mais ser vista é das coisas mais estranhas... mas ainda assim torço pelo sucesso! Odeio essa coisa de "ir embora", das pessoas mais próximas, até as mais coadjuvantes... C'est la vie... Boa sorte!!!

terça-feira, 15 de março de 2011

O Oligofrênico de Niterói

Como se diz na minha terra, "eu mexo com esse trem de blog" desde 2002, e a caixa de comments sempre esteve lá, à disposição dos mais diversos fuzilamentos, ainda que sob pseudônimos ridículos os velhos anônimos que ficam corajosões na internet. Só uma vez apaguei um comentário dos outros, um sãopaulino irritadinho com algo que eu escrevi e e fez comentários escrotérrimos numa foto da Laura com o Duda, fora isso, sempre tolerei as mais diversas formas de ataque ao que eu escrevo.

Vou repetir: ao que eu escrevo.

Eventualmente, é mais do que óbvio que o que eu escrevo gere ataques diretos a mim, ossos do ofício, e foi o que ocorreu com um cidadão que eu carinhosamente passo a chamar de O Oligofrênico de Niteroi, por razões diversas. Antes de entrarmos no mérito da questão, eu gostaria de lembrar de um personagem que a Clara Averbuck "batizou" de "Leitor Mark Chapman". Mark Chapman, pra quem não sabe, é aquele cretinaço que matou o John Lennon, pelos motivos mais toscos da história dos assassinatos, mas resumindo: ele achava que conhecia o Lennon! Eu fico imaginando o Lennon caído e olhando pro cara que lhe enfiou 4 balaços no peito e dizendo: "O que eu fiz procê, véio"?

Bom, o Oligofrênico de Niteroi me adicionou no Facebook e aí, por ter trabalhado na Body Systems por 10 anos, vivo passando por situações em que não sei direito se conheço a pessoa, se só falei pelo telefone, cruzei num WS ou precisei interferir juridicamente na vida dela. A Laura mesmo se assustava quando ia nos WS e muitas pessoas mandavam uns "Oooooooooi Laura" na mó brodági. Enfim, a gente aceita o pedido de "quer ser meu amigo?" e a vida segue. Mas no Facebook, tem lá uns espaços pra gente escrever e eu meto bronca. Nessa, o Oligofrênico de Niterói se ofendeu...

E veio com um papo de que eu sou FRUSTRADO por não gostar de carnaval, que em tese, eu não teria o direito de odiar o direito de milhões de pessoas serem felizes. Eu costumo falar pra essas pessoas comerem merda, pois milhões de moscas não podem estar erradas, mas o papinho de frustrado me pegou... FRUSTRADO? Com o quê? Normalmente, é com o lance de ser gordo, mas aí o caso não seria complexado? O que quer que seja, não é o oligofrênico de niterói que vai saber, pois ele não me conhece! E quando eu disse isso pra ele, sabe o que me respondeu?

Não, não foi a resposta padrão de obviedade, que os meus textos dão uma ideia de quem eu sou, isso seria acima do quociente intelectual dele! Ele falou que me conhece sim, foi na Central da Body Systems uma vez e me viu lá!!!!! Bom, bloqueei o babaca. Parece incoerência? Explico pra vocês.

No blog, qualquer um entra e fala o que quer (e é mais do que óbvio que mormente ouve o que não quer), mas no Facebook, tem aquela coisa de "amigo". Sei que nem chega perto da conotação "oficial" da palavra enquanto instituto, mas mesmo assim, a ideia de ser, ainda que na forma Zuckerberguiana, amigo do Oligofrênico de Niteroi, é por demais asquerosa, por isso, #Block!

E o cara continua lendo o que eu escrevo e mandando mensagens com outro nome. E mandando mensagem pros meus amigos. Oligo, vem aqui, ó. Vem no blog e descarrega sua raivinha, aqui tá liberado, beleza?

sexta-feira, 11 de março de 2011

A nossa interminável idiotice!

Dos mais recentes, acho que 2009 foi o meu pior ano, até porque em 2008 o Palmeiras pelo menos foi campeão paulista. Tou brincando, nem eu sou tão idiota assim. E é sobre isso o que eu quero falar: a nossa capacidade de ser idiota. Que eu exerci com excelência em 2009, perdendo quase por completo o desenvolvimento do Duda, numa carga horária de trabalho esdrúxula e um envolvimento com coisas desnecessárias, mas não foi culpa disso que, numa sexta feira, depois de mais uma reunião que levava nada a lugar algum, que eu pirei, grilei com um cara que estacionou atrás do meu carro na pizzaria e risquei o carro dele com a chave. Surtei, é verdade. Deixei meu cartão com o cara do estacionamento, depois acertei tudo e o pior é que o cara ainda era gente boa pra cacete! E ainda me falou: "Cara, depois disso, eu vou começar a prestar atenção no jeito que eu estaciono"... me saiu cara essa andragogia aí, viu?

Daí que, dois anos depois, você matricula o seu filho na escolinha do futebol e o professor dele, no segundo dia de aula, vem falar contigo:

- Você chama Randall Neto?
- Chamo - respondendo já achando que ele lê o meu blog.
- Mora na Avenida Caribe?
- Moro - e a conversa tá ficando esquisita.
- Foi você que riscou o meu carro?

Ainda bem que, depois que eu confirmei envergonhado, os pais ao redor devem ter pensado que se tratava de um acidente de trânsito, ou algo que o valha. Me desculpei de novo, inutilmente, mas ele me disse uma coisa interessante: "A maneira como você agiu depois de riscar o meu carro diz mais sobre você do que a merda que você fez". Tomara, mas acho que eu discordo dele. Quer dizer, as duas atitudes dizem sobre mim de maneira idêntica, nem mais nem menos. O que deve surpreender é que esses celerados que riscam carros dos outros costumam "mandar procurar os direitos na justiça", o que não é do meu feitio.

Terminou o treino, a molecada toda foi embora e o Duda quis ficar dando uns chutes a gol, e o professor deu uma puta atenção a ele. Foda foi que eu pensei comigo: "Ele deve estar pensando que é melhor tratar bem o filho do louco, senão..."

quarta-feira, 2 de março de 2011

5 Razões Pelas Quais... eu odeio o carnaval!

1- A Globeleza. Eu odeio a Globeleza, com aquela dancinha, os braços rodando e o sorriso no rosto... aliás, esse meu bode de SORRISO NO ROSTO deve vir dos professores de aeróbica dos Anos 80, mas é ela aparecer na televisão e me bate uma depressão, uma vontade de entrar pro IRA e explodir coisas, ou virar a Glória Perez e escrever novelas (o que eu acho mais nocivo pra humanidade do que muitos genocidas)... e nem é o caso de desejar a morte dela ou comemorar se ela morrer, como no caso do Rogério Ceni, a Ivete Sangalo, SandyeJúnior, dentre tantos, pois ela não é uma pessoa, é uma entidade, praticamente um monumento à nossa cretinice e mediocridade! A Globeleza aparece todo ano para nos lembrar o quão burros e babacas nós somos, todos nós, os que gostam o carnaval e também os que toleram, pois não fazer nada pra acabar com essa desgraça é uma forma de permitir que ela continue acontecendo.

2- As Músicas. Será que eu preciso esclarecer que não estou me referindo às músicas do Lamartine Babo, as marcinhas, o "se você fosse sincera ooooo aurora"? Ou mesmo os samba enredos BONS do Rio, aqueles do xinxim e acarajé ou o explode coração do Salgueiro, a minha alegria atravessou o mar e ancorou na passarela, tudo isso é muito legal! E meu Deus, sei que sem o carnaval, nós não teríamos a obra magistral que é "Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida", mas for christ sake, todo mundo sabe do que eu tou falando, né? A gente tá falando das, na falta de denominação melhor, MÚSICAS BAIANAS. Sim... e a gente que achava Daniela Mercury um semi-lixo, teve que aturar Ivete Sangalo e Cláudia Leitte pra fechar o caixão! E a coisa piora, de Caralho de Asa de Águia pra Chiclete com Bosta e por aí vai, até chegar em Rebolation e Tchubirabirom, se eu tivesse uma empresa, demitiria quem passa carnaval em Salvador ou participa de algo que tem envolvimento com essas coisas!

3- A Baianização equivocada de tudo. Então, o termo "baianização" aqui não tem nada a ver com a maneira como os paulistanos médios eleitores do Maluf que acham o Kassab massa a utilizam. Aqui, é uma tentativa de mostrar que quando o Caetano fala "a Bahia tem um jeito", ele não tá falando de abadá e pipoca. Porque, graças ao carnaval da Bahia, fica parecendo que é a única coisa que presta na Bahia, coisa equivocada de gente preguiçosa que nunca ouviu João Gilberto ou leu Jorge Amado. Tem gente que não curte Jorge Amado, principalmente quem nunca leu. Eu acho que "Capitães de Areia", "Quincas Berro D'água" e "Velhos Marinheiros" são obras primas da literatura mundial e pronto, minha caixa de e-mails mental rejeitará automaticamente as opiniões contrárias. Sem falar na culinária baiana, disparado a melhor do Brasil. E as praias. Mas experimente, fale Bahia para as pessoas ao seu redor e mais de 50% vai pensar em "tirupéduchão e balança as mãozinhas"...

4- Bailes de carnaval em clube high-society. Eu já falei que no dia em que me tornar Caudilho Supremo e Soberano da Humanidade por la gracia de diós, minha primeira medida será acabar com os bailes do havaí em cidades do interior. E a origem desses bailes patéticos é o baile de carnaval em clube metido a reduto da high-society. Nada é mais deprê. A própria existência desses eventos é deprê, pois membro da high que vai nesses bailes de carnaval é porque tá mal das pernas, bateu uma quebradeira e não conseguiu viajar. E aí, os filhos pentelham, a mulher enche o saco, e o cara vai pro Ipanema/Country/Clube de Campo dar uma satisfação à sociedade. E é uma bosta! As músicas ruins, o babaca que vai fantasiado de Batman, os bloquinhos com camisetas e frases ridículas, o cunhado que arruma briga com o pessoal do Jiu Jitsu, o pessoal do jiu jitsu dando em cima da sua mulher e ela insinuando que você deveria "tomar providências"... sem falar no clássico rito de passagem do pai dar lança-perfume pro filhão de 16 anos, mas sempre advirto que isso não significa que ele vai levar numa boa quando achar uma ponta de baseado na mochila do mesmo filhão.

5- Carnaval BOM em cidade do interior. Olha, acho que ISSO é o que mais me irrita! Disparadamente! Porque alguém, em algum momento, sem o menor critério, decidiu que uma cidade do interior completamente desinteressante TEM UM CARNAVAL DO CARALHO! Seja Porangatu, Jaraguá, Diamantina, Puta Que Pariu do Passa Quatro ou Casa do Caralho d'Oeste, tem sempre um mito de que nesses lugares o carnaval é BOM DEMAIS! Por que? Tem mulher demais, dizem... ou então, a mulherada dá, meu Deus, já dizia o meu bróder-guru-xamã Benal: quer comer essa mulher? Dá cachaça pra ela, deixa ela bêbada! Sim, isso diz bastante sobre os nossos méritos e competências, mas é a mais pura verdade! Portanto, coloca uma mulherada junta, ouvindo música ruim numa cidade sem absolutamente NADA pra fazer, bebendo enlouquecidamente, o que elas vão fazer a não ser DAR? Porque também tem o lance de não poder voltar pra cidade de origem sem trepar, sem beber até o estado comatoso, sem dar um vexame, isso é o ESPÍRITO DE CARNAVAL? Beleza, vai aí que, como dizia Paulo Francis, mando o Detefon no meu lugar!

5.1 Bonus Track: Descobri recentemente que Votuporanga foi alçada pelas autoridades competentes a Cidade Completamente Desinteressante Onde o Carnaval É Bom. E isso meio que explica tudo... sim, tenho raízes Votuporanguenses, apesar de ter nascido em Rio Preto e na verdade, acho que ISSO explica muito sobre Votuporanga: minha vó morava lá, mas aparentemente nem pra fazer um parto servia e a pessoa precisava andar 80 Km pra dar a luz em Rio Preto. Foi lá que, com uns 6 anos, vi A CENA. Minha mãe com um micro-micro-micro vestido verde encarnando uma Sininho, em cima de uma Rural-Willys à guisa de carro alegórico, uma garrafa de Johnny Walker Red Label na mão e todo mundo à minha volta gritando GOS-TO-SA, GOS-TO-SA... Não, carnaval pra mim não rola!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

5 Razões Pelas Quais... valeu a pena trabalhar na BS!

1- Ser professor. Talvez nem todo mundo saiba, mas eu sempre quis ser professor. Quem leu Além das Portas, talvez desconfie, mas indo além, eu queria ser professor de Educação Física. Minha mãe é, dá aula até hoje na universidade e eu fui criado lá, até ginástica esquizofrênica eu fiz (sei que o nome é outro, mas termina em "ênica", e pra quem chamou afundo com potência de afundo com substância, tá liberado) lá no início dos Anos 80, mas fui convencido a desistir. Da Educação Física, não de dar aulas. Só que não rolou. Até que um dia em 2006, há 5 na BS, o Tadeu, que é um dos integrantes do zeitgeist original da empresa, me liga falando que estava montando tipo uma escola de formação de gestores e coordenadores de academia e queria um módulo jurídico, sugerindo que eu fosse esse cara. E sem ele saber (apesar de que eu acho que já falei), acabou realizando um sonho que dura até hoje: duas vezes por ano - mais ou menos - sou "professor" pra um pessoal, e assim como o jantar semestral da cornetagem que rola com o corpo docente dessa escola, é uma das coisas que eu mais gosto de fazer.


2- Convivência com o Paulo. As pessoas tem vícios, dos mais variados tipos e eu tenho vários. Um deles é em inteligência. Não consigo não me aproximar e tentar forçar uma "amizade" com gente inteligente. É claro que INTELIGÊNCIA tem vários significados e enfoques, mas todos eles me encantam, desde inteligência específica até um certo tipo de inteligência meio "evil" - tá, sei que não devia, papai do céu castiga, mas eu gosto. E na BS, convivi no ambiente mais inteligente possível. Eu acredito que inteligência seja algo contagioso e até meio magnético. De todos os "outliers" com quem convivi lá, se destaca o Paulo. Fui, durante muito tempo e na maioria das vezes pelas costas, acusado de ser puxa saco ou subserviente em excesso, a Laura mesmo diz que eu não consigo simplesmente GOSTAR ou SER AMIGO, eu tenho que me comportar como FÃ. E era assim. Certo, errado? Caguei. O Paulo talvez seja a pessoa mais inteligente com quem eu convivi e aprendi muita coisa com ele, mas muita mesmo! É que eu acho que faz parte da construção do indivíduo e da edificação do caráter, que caguem na sua cabeça. Sei que os adeptos do Piaget, Montessori e neohippies construtivistas vão achar um absurdo, mas levar cagada na cabeça é fundamental! Claro que você precisa dosar até quando vale a pena usar o shampoo fecal, mas eu prefiro assim. Encurta o caminho e toda vez que eu vejo alguém com um discurso muito bonito pra cima de moi, o imagino escondendo um tubão de KY e as mais malignas e perversas intenções que envolvem a participação involuntária do meu cu. Uma vez, ele disse que eu jamais seria líder de porra nenhuma e que foi um erro me mandar para o LAV, mas como eram 9 e ele gosta de números redondos, me mandou. Na época, fiquei veadinhamente magoado, mas depois, reconheci que deveria agradecê-lo. Porque ele tava certo, primeiro. E segundo, porque existe um milhão de possibilidades que não envolva ser LÍDER ou algo que na maioria das vezes tem a ver com essa filosofia de funcionário do mês do Mc Donalds e retrato na parede. Devo muita coisa e gratidão ao Paulo especificamente, e costumava dizer a ele que considerava um dos meus patrimônios intangíveis o fato dele, uma pessoa desconfiada por natureza, assinar sem ler os papeis que eu levava pra ele.


3- A Rachel. Eu e a Rac éramos primos distantes que, quando se encontravam, dava merda (no bom sentido). Me lembro como se fosse hoje quando vim ver o show do U2 em São Paulo e ela já me viu e foi falando: "Meu, nós vamos sair logo mais com uma amiga minha, falei mó bem de você, mostrei foto, tá no esquema" - claro, época em que eu era magrão e nadava abaixo de 47, mais fácil armar esses esquemas. Mas a gente sempre se curtiu demais, sempre deu muito certo, sempre foi muito parecido em muitas coisas (boas e ruins), e de repente, estávamos ali, trabalhando juntos, nos vendo todos os dias, compartilhando um monte de coisas, inventando apelidos engraçados pros desafetos e, principalmente, se ajudando. Eu fui uma pessoa muito "ajudada", acho que o espírito de solidariedade das pessoas aflorava em virtude dos pais pouco convencionais que eu tive, e tenho muito o que agradecer eternamente a um monte de gente. À Rac, tenho muito, pra sempre, e não vai ser aqui que vou fazer, mas ela foi uma das coisas essenciais na minha passagem pela BS e que vou levar pra sempre.

3.1 - Ela, o Paulo, o Preto, o Fernando, Rafa, Edu, Christian, Magoo, Alê Barros, Dutrinha, Crocco, Marcelino, Rogério, Sandrinho, Berg, Ivani, Paty & Tati, Capi, Cebola, Robin e Sandrão. Essas pessoas foram essenciais na minha vida enquanto ela esteve diretamente ligada à BS. Cada uma dessas pessoas me ensinou algo diferente e como diz o Nick Hornby, entraram na lista de pessoas que mudaram definitivamente a minha vida pra melhor.


4- O time de Sorocaba. Isso foi a coisa que eu mais gostei de fazer nos meus 10 anos de BS: "liderar" o Time de Sorocaba. E eu tenho pra mim que foi uma coisa tão bacana e tão bem feita, que o Paulo pudesse estar só um pouquinho errado no que ele disse, mas não vem a caso. Foi uma tremenda experiência que eu nunca vou esquecer. Ainda que sempre me lembre de ter praticamente negligenciado metade do segundo ano de vida do meu filho e ter achado mais importante finalizar uma reunião do que obter mais informações sobre o meu pai que tinha acabado de ir pra UTI. Ainda assim, foi bom demais! São muitas coisas que eu nunca vou me esquecer, e até hoje me pego stalkeando a vida do Cris, do Nandão e do Gui pra ver como andam os "meus meninos" na empresa...


5- Aprender a falar igual gente. Essa, foi a mais importante de todas e devo, principalmente ao Preto (outro cara a quem devo tanta coisa que nem sei por onde começar). Antes de trabalhar lá, eu falava - e escrevia - "como advogado" e isso irritava tanto o Preto, que era comum ele dizer "Porra, Randas, fala igual gente"! E eu aprendi, ainda bem, pois ninguém suporta gente que fala igual advogado. Tanto isso é verdade, que o Tadeu, quando me apresentou no Rex, ressaltou isso como uma de minhas qualidades. Pode parecer besteira, mas conseguir mudar um comportamento arraigado exige muito mais do que a gente pensa... e eu sei é que valeu a pena!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

5 Razões Pelas Quais... vale a pena fazer regime!

1- Tudo aquilo que todo mundo sabe. Sim, você conduziu sua vida a essa condição, esse peso, essa afronta à sociedade, então, cabe a você fazer algo a respeito. Senão, você vai morrer! Não daqui uns anos, de infarto fulminante, mas amanhã! Deixará o seu filho órfão, sua mulher viúva etc... E aí, você precisa fazer um regime, simplesmente para sobreviver. Ou emagrecer, se tornar mais saudável, TODO MUNDO diz que a única preocupação é com a saúde, zero aspecto estético, então vamos lá! O aspecto estético também conta, claro! Dá a mó vontade de ser aquele cara que entra num lugar e alguém quer dar pra ele! Só pelo que viu, sem essa de "tirar a diferença no braço", minha vida sempre foi essa coisa de Ayrton Senna na Lotus, chega! Ah, eu sou casado, você dirá, mas só por isso, acha que eu tenho vida fácil? Regimão, vamos lá! Tá com fome? Toma um copo d'água, come uma plaquinha de colágeno, dorme que passa...

2- As pessoas param de te encher o saco. Existe uma enorme, gritante, abissal diferença entre pessoas preocupadas com você, querendo o seu bem, daquelas que querem simplesmente te encher o saco! E você sabe quem eles são. Na minha família, em Goiânia, tenho os melhores exemplos, é gente que me vê e começa a falar que eu vou morrer. Fazer regime te afasta dessas malas? Numas... porque deveria existir uma espécie de pulseirinha tipo da do Lance Armstrong ou as Power Balance, que te identifca como "gordo fazendo alguma coisa a respeito", assim, os babacas pulavam a encheção de saco. Mas não tem as tais pulseirinhas, e aí, mesmo que você avise que tá fazendo regime + indo ao médico + indo TODOS OS DIAS à academia, eles vem contar caso de um fulano que morreu de infarto antes dos 40 e que está preocupadíssimo com você e só fala para o seu bem. Meu Cu! Mesmo assim, fazer regime te deixa melhor perante essas pessoas, vai por mim.

3- Exercita a memória. Quando você passa a comer de 3 em 3 horas já saca que isso tá mais pra posologia de remédio do que a maneira como você se relacionava com a comida, né? E aí, já sabe que nesses intervalos de 3 horas só vai comer algo que não dá o menor prazer. Tentei pensar em uma metáfora envolvendo sexo, tipo, é igual a trepar... não tem. Nada envolvendo sexo é tão ruim quanto isso. Mas o lado bom é que você começa a se LEMBRAR como é bom aquele chopp brahma black! Hagen-Daaz de morango com cheesecake ou doce de leite! Paella! Uma picanha inteira no espeto, com aquela sacrossanta gordurinha! Todos os bolos da minha tia! Sanduíche de pernil do Estadão! Pamonha frita do Serra Dourada! Pipoca de microondas! Dobradinha! Sim, eu detesto dobradinha, mas deve ser melhor do que essa merda que ando comendo... aliás, outro dia eu comprei umas papinhas de fruta sem adição de açúcar da Nestlé e tem uma de caju que é tão, mas tão ruim, que eu não tenho a menor dúvida que deve fazer muito bem pra saúde!

4- Você tá desculpado. Meu bisavô, quando fez 80 anos, dizia que a única vantagem de se atingir essa idade é que você pode peidar na frente dos outros que tá tudo bem, "ah, ele tá velhinho, coitado..." Quando você tá de regime, eventuais escrotidões e maior permanência do estado de mau humor já estão desculpadas e compreendidas. "ah, ele tá comendo de 3 em 3 horas..." Certeza que o Hitler concebeu algum dos seus planos malignos durante uma reeducação alimentar! Não que ele tenha sido desculpado por isso, mas você vai me desculpar por esse exemplo cretino, afinal de contas, tou de regime, comendo alface e rúcula todos os dias!

5- Quando você morrer, já sabe. Dependendo da corrente teológica que prevalecer acerca de "vida após a morte", existe uma chance de você ir pro Céu ou pro Inferno. No caso de você não ter sido um cara muito bacana, periga ir pro Inferno, é sempre uma possibilidade, por isso, se você já fez regime, sabe mais ou menos como é. Não pode comer doce nem nada que seja gostoso, não pode beber, os únicos livros são do Chalita e toca sertanejo universitário. Sexo tá liberado, mas saiba que você vai ter que trepar com esse tipo de gente que não bebe, come coisas saudáveis, lê livros do Chalita e ouve sertanejo universitário...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Não alisa, toca!

Ou o clássico "cala a boa e beija!"... dá na mesma, mas a frase do título foi num show em que eu estava, o guitarrista envolvidíssimo com uma complexa punhetação com seu instrumento musical, e um bróder meio exaltado berrou da fila do gargarejo:

- Não alisa, toca!

Não é quase a mesma coisa que o "cala a boa e beija"? Gente que fica no bla bla bla ao invés de ir pro que interessa? Vira e mexe eu me deparo com situações desse tipo. Falação e mais falação, argumentos risíveis, linhas de raciocínio cretinas que nem passam perto do mérito da questão e ridicularizam quem pode até ter razão, mas acaba perdendo por não saber ir direto ao que interessa! Ah, mas então será que é o Randall incoerência dizendo que é possível a forma se sobrepor ao conteúdo? Não, é o Randall putão com gente que consegue fazer com que uma forma grotesca e burra sequer aborde o conteúdo!

Tem briga boa? Não, não tem. Mas é preciso saber avaliar em quais brigas vale a pena entrar. Me vem na cabeça, agora, dois exemplos imediatos:

1- Minha mãe me dando uma espancada corriqueira, eu começo a emitir humilhantes gritos pedindo pra ela parar, vem a vizinha de porta, toca a campainha, inicia um discurso sobre os malefícios de espancar crianças, leva uma bifa na cara. Já viu minha mãe? Briga ruim, sô!

2- Um bróder querendo estacionar de ré, liga a seta e se direciona à vaga. Vem uma vaca e cola. Ele acena, pede, quase implora. A dondoca tira o braço e, ironicamente, o manda "andar"... Ele anda uns 10 metros e dá ré com tudo no carro da vaca. Que desce perguntando se ele é louco... pergunta desnecessária, claro, o que você FAZ fala mais alto do que aquilo que você diz, mas aí vem um cidadão "de bem" todo se dizendo testemunha dela, o que aconteceu? Levou uma muqueta no meio da lata, nocaute no primeiro assalto!

Moralzinha das histórias: vale a pena comprar briga com quem espanca criança ou dá ré pra bater o próprio carro? Claro que não! Briga não vale a pena nunca, mas é fundamental que você entre numa briga que tem chance de ganhar. E com louco (permanente ou momentâneo), a chance é zero! Outro tipo de briga inglória é o que eu vivo falando pra Laura quando ela discute com o irmão dela, briguinha que se assemelha à do Ronaldo com o Neto... eu falo que é a mesma coisa que brigar com argentino que já foi expulso em partida de Libertadores, saca? O cara já perdeu, já era, o máximo que você vai conseguir é ser expulso junto.

Dá pra ganhar briga com quem é "maior" que você? Opa! Já ouviu falar em Davi x Golias? Calcanhar de Aquiles? Os 300 de Esparta (Tá, eles perderam, mas cacete, só o tanto que resistiram já faz com que mereçam entrar na lista, né?)? Itália x Brasil em 82? Corinthians x Palmeiras na Libertadores de 2000? O que existe em comum nos casos todos citados? Que o "grandão", nesses casos, tem um PONTO FRACO. Mas o ponto fraco tá exposto? Não! O que precisa? Conhecer o adversário, e pra isso, é preciso inteligência.

Aí, alguém que sabe de uma briguinha rolando aí nas "Redes Sociais" vem me perguntar se eu conheço os pontos fracos do Gigantão... opa! Claro! Mas diz aí, Gilberto Gil:

"Não te ensino minha malandragem, nem tampouco, minha filosofia, quem dá luz pra cego é bengala branca e Santa Luzia!"

Agora, se tem uma briga boa de ganhar é contra quem, além de ser menor que você, é BURRO pra caralho, aí é só dar uma de Anderson Silva e enfiar o pé na cara no comecinho da luta, além de tudo, todo mundo vai continuar te achando o máximo!