Lembrei disso ontem, 8 e tanto da noite, quando uma reunião geral na empresa não parecia caminhar para um final num prazo rápido, e um colega resolveu expressar, de forma contundente e assaz sincera, sua discordância com as opiniões do nosso C.E.O. Eu tenho certeza que ele não pensou EM NÓS.
A outra situação que representa bem o "pensar nas consequências" é aquela cena em que o Clint Eastwood entra no bar em que o idiota colocou o cadáver do Morgan Freeman na porta:
- Você vai matar o cara?
- Vou.
- Mas ele está desarmado!
- Deveria ter se armado, quando decidiu decorar o bar com o cadáver do meu amigo.
E eu acho que é isso, a partir do momento em que você toma certas atitudes, precisa simplesmente estar preparado pro que der e vier, mas não quero ficar pensando muito nisso. Ao final da nossa reunião, abreviada graças a um tal de Dódi que ia morrer e as pessoas precisavam ver, um cara veio falar comigo:
- Quem é O Aracy de Almeida?
- Como?
- O Aracy de Almeida, que vocês falaram o tempo todo?
Tive dúvidas de que estávamos na mesma reunião, mas descobri que o tal de Dódi era um personagem da novela que ia morrer e todo mundo queria ver. Perguntei qual a graça de ver uma coisa que você já sabe que vai acontecer, e alguém me disse que em Romeu e Julieta todo mundo sabe que eles morrem, e vão ver. Eu realmente não sabia que Shakespeare estava no mesmo nível que as novelas da Globo, olha só como eu sou preconceituoso!
- Aracy de Almeida, cara? Tem certeza?
- Vocês falaram o tempo todo que precisam aumentar o nível de contato com o Aracy de Almeida e...
- DECISION MAKER!
Ok, eu sei que não tem nada que chamar o cara que manda de "Decision Maker", mas daí a Aracy de Almeida...
Nenhum comentário:
Postar um comentário