Um brother meu vai dar (tem gente aqui na empresa que prefere "ministrar") um curso em Goiânia e queria umas dicas da cidade para criar "rapport" com os alunos; eu falei algumas coisas e avisei que quando ele saísse pra happy hour ou algo do gênero, que não ficasse assustado com a quantidade de mulheres que saíam sozinhas e se instalavam em mesas só de mulheres, uma quantidade tentadoramente absurda. A pergunta que ele me fez desencadeou o verdadeiro CAOS dialético entre as pessoas que estavam nas proximidades:
- Mas essa mulherada sai pra dar ou não?
- Todas as mulheres saem pra dar!
- Que absurdo, Randall!!!!!! (quase todas em uníssono)
- O quê? Saem mesmo... pode ser que não dêem necessariamente naquele dia, mas já prospectam pra dar dali uns dias. Ou vai me dizer que vocês perdem o maior tempo se arrumando e maquiando sem pensar em dar?
- Alguém amordace o Randall, por favor?
- Ele tá errado! Mulher não sai pensando em dar, quem sai pensando em dar é viado. Mulher sai pra qualificar qual homem vai lhe proporcionar mais vantagens econômicas depois que ela der pra ele.
- Tem a ver, tem a ver...
- Vocês tem sérios problemas pra resolver, meninos, alguém já disse isso?
- Mas viado pode sair pra comer, também.
- Não, viado é só o que dá.
- ???????????
- É sim, ué. Viado é quem dá a bunda, o que come é no máximo um homossexual ativo, ou...
- Tão te ensinando tudo errado, hein bicha? - nosso amigo gay - Mas abre seu coração, vai, qual é a sua dúvida?
- Não, é... bom, no Sul a gente chama de viado aquela bichinha que grita e dá chilique... é o cara que dá a bunda, né?
- Veja bem...
A balbúrdia se instalou completamente, ao que o meu amigo do papo inicial veio até a minha mesa e quase em tom de sussurro falou:
- Então, Randall, a mulherada de Goiânia que sai pra dar, dá pra gente voltar a falar?
Um comentário:
Ah, se fosse na minha época... essas discussões na Central não são mais as mesmas...
By the way, eu sou apaixonada pela palavra rapport! Apaixonada!
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